Milho: A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta semana o 10º levantamento da Safra de Grãos. Em Rondônia, segundo a Conab, a área cultivada do milho segunda safra está estimada — neste mês de julho — em 200 mil hectares. Isso representa um aumento de 7,5% em relação a safra passada. Porém, mesmo com uma área de cultivo maior, a Conab estima que a produtividade do milho segunda safra poderá atingir 5.190 kg por hectare, o que seria 0,4% menor que a obtida no ano anterior.
A colheita do milho segunda safra no estado começou na segunda quinzena de junho, e vai ocorrer de forma maciça ao longo de julho. Para a Companhia de Abastecimento, o plantio tardio de milho segunda safra pode ter causado impacto para o desenvolvimento das lavouras (G1 RO)
Além disso, nos EUA, após a confirmação da área plantada maior nesta safra 2021, o mercado tende a se concentrar no potencial de produtividade da safra norte-americana. Sendo assim, o USDA irá corrigir o quadro de oferta e demanda do milho neste relatório de julho pela nova área plantada de 92,7 milhões de acres, que se não alterar o potencial de produtividade, de 179,5 bu/acre, a safra de 2021 pode ser sinalizada recorde em 387 milhões de toneladas. Isto ajuda os estoques finais de 2021/22 a se manterem confortáveis em entre 39 e 40 milhões de toneladas de milho. A dúvida daqui para frente está no clima em julho e agosto bem como nas ações compradoras por parte da China. Se o país asiático não comprar mais milho até o final do ano, os preços na Bolsa de Chicago podem quebrar a barreira dos US$ 5/bushel (Canal Rural).
Por fim, um projeto em Santa Catarina está incentivando os produtores a plantarem outros grãos durante o inverno, como o trigo, para fugirem da dependência do milho. Trata-se de uma parceria entre produtores e o governo do estado que prevê um subsídio de R$ 200 por hectare plantado, desde que o grão seja destinado para a ração animal: "É bom para a região, é bom para o estado", diz Moacir Warmling, gerente operacional de cooperativa (Globo Rural).
Soja: A pergunta que todos estão de olho neste início de semana é justamente essa: O que pode mexer e ditar tendência nos preços da soja nos próximos trinta dias? De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, o primeiro grande fator é o novo relatório mensal de acompanhamento do quadro de Oferta & Demanda mundial do USDA. “Nesta segunda-feira, 12 de julho, o USDA divulgará o seu relatório mensal, com atualização da sua estimativa do potencial produtivo da soja nos Estados Unidos e no Mundo. Segundo a média dos analistas consultados o relatório poderá indicar cortes na produção nos EUA. Com a queda na produção haverá consequentemente ajuste na projeção de estoques finais da nova safra, alterando a tendência dos preços. Mas, há que se esperar o relatório para se saber se esta expectativa será ou não confirmada”, explica a equipe de analistas da TF. Por outro lado, ressalta a Consultoria Agroeconômica, com qualquer número do relatório, o clima desempenhará um papel muito importante, daqui para frente (Agrolink).
Além disso, o último relatório de registros de exportações norte-americanas trouxe números fracos, principalmente para a nova temporada, ficando abaixo da expectativa do mercado. Apesar disso, é importante destacar que o acumulado de volumes registrados para a nova temporada é recorde para esta época do ano. À medida que vamos nos aproximando da colheita da nova safra, novas vendas de soja norte-americana para a China devem ser anunciadas. Enquanto isso, a demanda chinesa permanece com os olhos voltados para o Brasil (Canal Rural).
Por fim, de acordo com o Prof. Dr. Marcos Fava Neves, o momento vivenciado pelo Brasil na safra 2021/22 é excelente, onde o país produzirá 37% da soja mundial, e será responsável por 54% da soja importada pelo mundo.
Cana de açúcar: Para saber como anda a produção de cana-de-açúcar no estado de Goiás e os produtos dela derivados, equipe da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá visitar, entre os dias 12 e 17 de julho, usinas ativas em diversos municípios goianos. Os dados pesquisados irão ajudar a compor o 2° Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2021/2022. No trabalho serão obtidas informações como área e produtividade esperada das lavouras, calendário previsto de plantio e colheita, variedades utilizadas e condições gerais dos cultivos, assim como informações relativas ao processo industrial das usinas como a expectativa de volume e destinação da cana a ser esmagada, a capacidade industrial instalada e o volume produzido de álcool e açúcar. Além disso, outro ponto importante na pesquisa é relacionado à produção de etanol de milho em Goiás. Serão também coletados dados referentes à produção, mercado e destinação do etanol de milho produzido no estado (Notícias Agrícolas)
Por fim, o volume de bioeletricidade gerado em maio deste ano foi o maior dos últimos cinco anos para o período, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As termelétricas a biomassa, que usam o bagaço da cana-de-açúcar como principal matéria-prima, produziram 4.255 MW médios, montante que também representou 33% da oferta de energia produzida por todas as usinas térmicas no mês (EXAME).
Boi Gordo: Segundo a agência SAFRAS, os frigoríficos, a fim de avaliarem melhores estratégias para a compra das levas de gado nas próximas semanas, vêm se ausentando na aquisição das boiadas. Para o analista Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate apresentam avanços no início de julho, resultando em alguma queda das indicações de preços da arroba do boi em grande parte do Centro-Sul. Como exceção pode ser indicado o Rio Grande do Sul, que ainda se depara com um ambiente pautado pela restrição de oferta. As incertezas em torno da China ainda são numerosas. No entanto, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) “deve oferecer algum norte ao mercado, com sua atualização acerca do setor carnes mundial”. Para Iglesias, a ausência de informações concretas acerca da China gera toda sorte de especulações no mercado internacional. “A recente ação do governo chinês de recompor seus estoques públicos estancou o movimento de queda no seu mercado doméstico”, assinalou Iglesias (SAFRAS).
Café: O novo ano agrícola brasileiro, que teve início em primeiro de julho, será apoiado por uma política de crédito rural voltada ao fomento de práticas produtivas que atendem a critérios ESG, com destaque para o pilar ambiental. É um importante estímulo para a adoção de tecnologias e boas práticas no campo, principalmente por pequenos e médios produtores, visando ao desenvolvimento de sistemas produtivos mais resilientes às mudanças climáticas e que geram externalidades positivas para a sociedade.
Esse Plano Safra mais verde fortalece a sustentabilidade da cafeicultura brasileira, que é desenvolvida por um grande contingente de agricultores familiares (78%).
Além da implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, sistemas agroflorestais, plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, entre outros, a partir deste mês, o Programa ABC passa a financiar a produção de bioinsumos, a geração de energia renovável nas propriedades rurais, para consumo próprio, e a adoção de práticas conservacionistas dos recursos naturais, incluindo correção da acidez e da fertilidade do solo (Canal Rural).