Como está o trigo?

Como está o trigo?

Impacto das geadas no milho pode aumentar demanda do cereal, produção europeia, e mais

07/07/2021

Foto: Ievgenii Meyer / Shutterstock.com

A medida que o impacto das geadas, que atingiram diversas regiões brasileiras na última semana de junho, é sentido na produção nacional de milho, pesquisadores do Cepea alertam para maior demanda de trigo.
Tal incremento na procura pelo cereal dar-se-ia principalmente pelo setor da pecuária de corte intensiva ou semi-intensiva, que precisa de um substituto para a fabricação de ração animal.
Um levantamento do Cepea ainda ressalta que os preços do trigo já demonstraram reação desde o início de Julho.

Indo para um panorama internacional, cruzando o Rio Uruguai em direção à Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário (ARG) informou que o volume de trigo exportado pelo país caiu 29,65% nos primeiros sete meses da temporada 2020/21 (dezembro/20 a junho/21) em comparação com igual período de 2019/20.
Foi percebida uma queda de 10,69 milhões de toneladas exportadas para apenas 7,52 milhões de toneladas em 2020/21, 3,17 milhões de toneladas a menos.
Segundo a bolsa, entre os destinos do cereal, o Brasil se consolida como o principal país importador, com mais de 3,1 milhões de toneladas, enquanto o Chile ultrapassou a marca de 500 mil toneladas. Já a Indonésia é o país responsável pela queda nas exportações, pois, embora 400 mil toneladas tenham sido despachadas neste ano, o volume comercializado está abaixo dos 2,6 milhões de toneladas do mesmo período da safra anterior. “É importante ressaltar que a Austrália recuperou fortemente a produção de trigo na atual temporada, o que impossibilita uma competição em virtude da proximidade dos dois países”, explica a bolsa.
Para a safra 2021/22, a bolsa de comércio explicita que uma forte tendência de um "boom no mercado interno" vem se consolidando (Terra).

Por fim, cruzando o Oceano Atlântico, na Europa, a Copa-Cogeca (união de duas importantes agências agrícolas europeias) projeta um avanço de 7% na produção de trigo soft (variedade mais comum, com glúten menos resistente, utilizado na fabricação de pães), resultando em 130 milhões de toneladas (Money Times).

Por: Arthur Echenique Alves




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