Foto: Anafe
Segue abaixo as principais notícias do final de semana acerca das principais commodities para que você inicie bem informado:
Milho: De acordo com a agência de notícias REUTERS, a exportação brasileira da cultura terá tendência de queda em até 50%. Com o início da temporada de exportação, apenas 40 navios estão agendados para carregamentos nos portos, metade do mesmo período do ano passado. O fundador da trading AgriBrasil, Frederico Humberg, avalia que após impacto da seca e geada, a safra brasileira corresponderá a apenas 87 milhões de toneladas, com somente 20 indo para exportação, resultado bem inferior aos mais de 100 milhões de toneladas da safra anterior.
Ainda sobre o Milho, nos EUA, uma área plantada superior ao previsto pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) em 1,6 milhões de acres, faz mercado retomar as altas com os novos números fornecidos. Tal conjuntura, caso acompanhada de clima favorável, pode vir a significar uma safra recorde, sendo os próximos 60 dias fundamentais. O rumo dos preços do milho dependerá crucialmente da produtividade norte-americana. (Canal Rural)
Por fim, a seca em regiões do interior brasileiro gera significativas perdas, como por exemplo na cidade de Uberaba(MG), onde o produtor Pedro Donizete Alves perdeu 50% da sua lavoura de 472 hectares de milho (G1).
Soja: Mesmo com fortes altas da commodity, a insegurança sobre o clima dos Estados Unidos faz produtores segurarem sua produção mais tempo, em busca de um cenário climático pior, que resultaria em preços maiores. Além disso, os contratos em Chicago saltaram em torno de um US$ 1 por bushel após o USDA ter fechado a safra 0,7 milhões de hectares a menos que o previsto (MONEY TIMES).
Além dos fatores climáticos, a agência SAFRAS ressalta que conforme aproxima-se da colheita nos EUA, são previstas novas vendas para o mercado chinês, lembrando a ameaça de intervenção do governo sínico ao mercado de commodities devido aos altos preços.
A mesma agência Safras & Mercado ainda destaca que independente do recorde de exportação brasileira da cultura, a demanda seguirá constante. Uma das razões citadas é a de que o Dólar na casa dos R$ 5 torna a produção nacional competitiva no exterior.
Café: O arábica finaliza semana (02/07) com desvalorização em Nova Iorque. O clima seco nas regiões produtoras do Brasil deve acelerar a colheita do grão, que pouco se viu prejudicado pela incidência das geadas da semana anterior. Um relatório do Safras & Mercado igualou a produção ao nível da safra do ano passado (Notícias Agrícolas).
Minério de Ferro: Notícia de hoje (05/07): Após retomada de produção de aço em siderúrgicas de Tangshan (China), os contratos futuros da commodity disparam mais de 5%. A redução do uso dos fornos a 81,01% do total, havia sido efetivada em razão das comemorações do centenário do Partido Comunista Chinês (PCC). Os contratos futuros mais negociados do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, chegaram a subir 5,6%, para 1.226 yuanes (189,80 dólares) por tonelada, maior nível desde 11 de junho. Eles fecharam em alta de 5,5%, a 1.225 yuanes (UOL).
Postado por:
Arthur Echenique Alves
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