A recuperação econômica chinesa, observada desde finais de 2020, gerou forte demanda para a commodity do minério de ferro, insumo básico para o ambiente industrial e de infraestrutura, que por consequência forma uma tendência de alta desde novembro do ano que passou, com um breve intervalo de estabilidade no primeiro trimestre de 2021.
Desta forma, na bolsa de Dalian, importante cidade portuária chinesa, o minério de ferro fecha em alta de 1,1%, equivalente a 1.166 yuanes (U$ 180,24) por tonelada. (REUTERS)
Junto com o a commoditie supracitada, os contratos futuros do aço negociados em Xangai avançam pela sétima vez consecutiva. O vergalhão do aço, utilizado principalmente na construção civil, e a bobina laminada a quente, de importante uso em eletrodomésticos e na fabricação de veículos, fecharam em alta, respectivamente 0,8% a 5.146 yuanes (U$ 795,47), e 0,5% a 5.428 (U$ 839,07) a tonelada.
Porém, contra as aparentes expectativas, a gigante de investimentos T. Rowe Price, excluiu a mineradora Rio Tinto (conglomerado anglo-australiano com atuação em diversos continentes e produção de minério de ferro, cobre alumínio, entre outros) de seu Australian Equity Fund, alegando crescentes obstáculos no mercado global do minério de ferro (EXAME).
Tais obstáculos poderiam se mostrar pela campanha de descarbonização do governo chinês, que demonstrou comprometimento na neutralização completa das emissões de carbono até 2060 em anúncio na Cúpula de Ambição Climática (organizada pela ONU visando o cumprimento das metas do Acordo de Paris).
Tal planejamento chinês, caso venha a se concretizar, poderia abrir caminho para incentivos a utilização de sucata pela indústria do aço, e no desenvolvimento de outras matérias primas que deixem menor impacto ambiental na sua produção.
Já é esperado ainda neste ano a redução da produção e demanda chinesa da commoditie, o que gera clima de incertezas no mercado.
Fonte: Arthur Echenique Alves