Banco Central prorroga alíquota reduzida de compulsório sobre recursos a prazo

Banco Central prorroga alíquota reduzida de compulsório sobre recursos a prazo

A alíquota que subiria de 17% para 20% em abril deste ano retornará ao patamar original apenas em novembro.

03/03/2021

Foto: © Marcello Casal Jr | Agência Brasil

Por mais sete meses, os bancos continuarão a recolher menos recursos para o Banco Central do Brasil (BC). A autoridade monetária prorrogou até o fim de outubro a alíquota reduzida de 17% de compulsório sobre recursos a prazo. Em março de 2020, a alíquota passou de 20% para 17% como forma de ajudar a economia no início da pandemia de Covid-19.

O compulsório representa a parte dos depósitos que os bancos são obrigados a recolher ao BC. Quanto menor o percentual, maior a quantidade de recursos disponíveis para os bancos emprestarem, estimulando o crédito. Em nota, a autarquia federal informou que a prorrogação do compulsório reduzido poderá injetar cerca de R$ 40 bilhões na economia.

Atualmente, existem cerca de R$ 205 bilhões de compulsório sobre recursos a prazo no Banco Central, remunerados pela taxa Selic (juros básicos da economia). Segundo o comunicado, as dificuldades atuais para os bancos captarem recursos levou à extensão da ajuda. Dessa forma, espera-se que o mercado de crédito possa seguir seu normal funcionamento, sem restrições adicionais.

O BC informou ainda que pretende criar um mecanismo de transição em novembro, quando o compulsório de 20% retornar. A elevação da alíquota será associada a um mecanismo de dedução mediante depósitos de ativos elegíveis para as novas Linhas Financeiras de Liquidez (LFL), que entrarão em funcionamento no fim deste ano. Por meio desse mecanismo, o banco poderá abater do compulsório sobre recursos a prazo os ativos associados às LFL. Cada instituição vai fazer um pré-depósito para essas linhas, com o saldo podendo ser deduzido do volume a ser recolhido para o BC.

#Economia #BancoCentral #Compulsório




Postado por:

Gabriel - image

Gabriel Maciel





Mais notícias: