Depois de um ano e meio de altas consecutivas, o preço do café moído finalmente registrou uma queda de 1,01% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pode parecer pouco, mas para quem vinha enfrentando aumentos acumulados de mais de 70% nos últimos 12 meses, essa mudança já traz algum alívio — tanto para o consumidor quanto para quem vive do campo.
Mas afinal, o que está por trás dessa virada? E como ela impacta produtores, investidores e o mercado de commodities?
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Por que o preço do café disparou tanto?
Entre dezembro de 2023 e meados de 2025, o café foi uma das commodities que mais subiram no Brasil. O movimento foi resultado da lei da oferta e da procura:
- Menor oferta: geadas, secas e outros problemas climáticos reduziram a safra brasileira, especialmente de arábica.
- Maior demanda: países como a China aumentaram significativamente o consumo, pressionando o mercado.
Com menos café disponível e mais compradores no mundo, os preços dispararam quase 100% no período.
O que explica a recente queda do café?
Segundo o IBGE, a nova safra brasileira já começa a trazer mais café ao mercado. A colheita, que avança neste período, aumenta a oferta e naturalmente pressiona os preços para baixo.
Outro ponto importante é a boa safra de robusta, que tende a recompor os blends (misturas usadas pelas indústrias). Esse movimento ajuda a equilibrar custos e reduzir a pressão sobre o arábica, que sofreu mais com os problemas climáticos.
Ou seja: mais café disponível = menor pressão sobre os preços.
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Produtor deve esperar queda maior?
Aqui é importante ter cautela. "O mercado do café é complexo e influenciado por uma série de fatores globais. A volatilidade do câmbio, por exemplo, pode impactar diretamente os custos de exportação e importação", alerta o analista Guto Gioielli. Outros pontos que merecem a atenção, são:
- Nova legislação europeia: regras ambientais mais rígidas podem aumentar custos de produção e exportação.
- Disputa por matéria-prima: torrefações, exportadores e indústrias de café solúvel competem pelos mesmos grãos.
Portanto, não dá para apostar em quedas bruscas ou imediatas.
Impactos práticos para o produtor rural
Para quem produz café, essa oscilação mostra a importância de estar atento às ferramentas de proteção de preços (hedge) e ao planejamento.
Exemplo prático:
- Se o produtor fixa parte da produção antecipadamente em contratos futuros, ele se protege de quedas repentinas.
- Se deixa tudo para vender no físico, fica mais exposto às variações diárias do mercado.
Esse tipo de análise de risco é acompanhada diariamente na Sala Trader do Portal das Commodities, onde especialistas ajudam produtores a entender melhor o comportamento do mercado e a tomar decisões mais seguras.
E para os investidores em commodities?
A queda do café também abre espaço para estratégias no mercado financeiro. Quem investe em contratos futuros de café pode usar o momento para:
- Reavaliar posições: investidores que estavam comprados (apostando na alta) podem sofrer perdas, mas quem estava vendido (apostando na queda) se beneficia.
- Diversificar: o café é uma commodity de alta volatilidade. Operar contratos futuros ou ETFs ligados ao agronegócio pode reduzir riscos.
- Buscar pontos de entrada: quedas após ciclos longos de alta muitas vezes oferecem oportunidade de compra para quem acredita em nova recuperação.
Em resumo: para o investidor, o café segue sendo um ativo de risco elevado, mas que pode gerar boas oportunidades para quem entende o ciclo e sabe usar ferramentas de proteção, como ordens de stop e estratégias de hedge.
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Olhando para frente: o que esperar?
O USDA projeta que a safra 2025/26 do Brasil deve alcançar:
- 40,9 milhões de sacas de arábica (queda de 6,4% em relação ao ciclo anterior).
- 24 milhões de sacas de robusta (alta de 14,8%).
Se essa previsão se confirmar, o robusta será peça-chave no equilíbrio do mercado nos próximos meses.
Para o consumidor, a notícia é positiva: os preços podem se estabilizar. Para o produtor e o investidor, o desafio continua sendo planejar bem a comercialização e as estratégias de investimento para não perder margens em um mercado que segue volátil.
Fonte: https://monitordomercado.com.br/noticias/mercados/293599-preco-do-cafe-cai-pela-primeira-vez-apos-18-meses-em-alta/
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