O mercado de café vive um dos períodos mais instáveis dos últimos anos. A safra de 2025, que já é marcada por uma forte volatilidade, tende a ser só o início, com a safra seguinte (2026) seguindo 100% dependente das condições climáticas no Brasil.
Nos últimos meses, após uma sequência de secas, geadas e ondas de calor, as lavouras ainda se recuperam — e qualquer variação no regime de chuvas pode alterar o rumo das cotações internacionais.
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O impacto do clima na produção de café
Arábica
O café arábica, cultivado principalmente em Minas Gerais e São Paulo, é o mais sensível às mudanças climáticas.
Entre o fim de 2024 e o início de 2025, períodos prolongados de seca e altas temperaturas afetaram a floração e o pegamento (capacidade das flores se transformarem em frutos) — etapas fundamentais para a formação dos grãos.
Essas condições provocaram:
- Abortamento das flores e “chumbinhos” (frutos recém-formados que caem antes de amadurecer);
- Queda na produtividade por hectare, exigindo mais lavoura para obter o mesmo volume;
- Grãos menores e com qualidade inferior, o que reduz o valor de mercado.
Além disso, o ciclo de bienalidade — típico do café arábica, em que um ano de alta produção é seguido por outro de menor volume — tende a agravar a situação da safra de 2026, que já seria naturalmente menor.
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Em outras palavras: o clima ruim em 2025 pode reduzir não só a produção atual, mas também comprometer o potencial produtivo da lavoura no ano seguinte.
Conilon (Robusta)
O café conilon, também chamado de robusta, tem mostrado maior resistência ao calor e à falta de chuva.
Produzido principalmente no Espírito Santo e em Rondônia, ele conta com sistemas de irrigação mais disseminados, o que ajuda a manter a produtividade mesmo em períodos secos.
Esse crescimento do conilon é estratégico para o mercado, pois ajuda a equilibrar a oferta global e atender à indústria de café solúvel e blends. Ainda assim, essa recuperação não compensa totalmente as perdas do arábica.
O impacto nas cotações e nos estoques globais
A redução na oferta de arábica no Brasil, somada a problemas climáticos em outros países produtores — como Vietnã e Colômbia —, deixou o mercado mundial com estoques baixos e cotações elevadas.
Na Bolsa de Nova York (ICE), onde são negociados os contratos futuros de café, os preços do arábica permanecem próximos das máximas históricas.
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Com pouca oferta de café físico disponível, qualquer notícia sobre o clima — uma frente fria, uma estiagem ou uma chuva fora de hora — pode causar fortes oscilações nas cotações — como aconteceu na última semana.
O que esperar para 2026
O futuro dos preços depende, essencialmente, de como o clima vai se comportar nos próximos meses:
- Cenário otimista: se as chuvas forem bem distribuídas e as temperaturas amenas, o Brasil pode colher uma safra robusta em 2026, o que ajudaria a recompor os estoques e reduzir os preços.
- Cenário pessimista: se persistirem a seca e as ondas de calor, o país enfrentará nova frustração de safra, mantendo os preços altos e instáveis.
Para Guto Gioielli, analistas e fundador do Portal das Commodities, isso significa que para o produtor a gestão de risco se torna ainda mais importante — tanto no campo (com irrigação e manejo do solo) quanto nas finanças (com o uso de hedge e contratos futuros).
Como o produtor pode se preparar
O produtor que entende o comportamento do mercado de café consegue antecipar tendências e se proteger melhor. Algumas ações práticas podem fazer diferença:
- Acompanhar previsões climáticas com frequência — especialmente durante a florada e o pegamento dos frutos;
- Diversificar o tipo de café produzido, considerando o conilon como alternativa em regiões mais quentes;
- Usar ferramentas de proteção de preços (hedge) na Bolsa, travando parte da produção a preços interessantes;
- Participar da Sala Trader do Portal das Commodities, onde especialistas analisam diariamente o comportamento do mercado e ajudam a entender as movimentações de preço em tempo real.
O clima segue como protagonista do mercado de café
O clima continua sendo o principal fator de risco e oportunidade para o mercado de café. Com a safra 2025 já impactada por estresse hídrico e térmico, e a safra 2026 ainda incerta, o setor deve conviver com volatilidade e preços elevados.
Para o produtor, o momento exige planejamento, informação e estratégia. Acompanhar o balanço hídrico das principais regiões produtoras e entender as ferramentas de proteção de preço é fundamental para navegar com segurança nesse cenário instáve
Fonte: https://monitordomercado.com.br/noticias/315984-commodities-frio-e-seca-elevam-precos-do-cafe-e-trazem-alerta-ao-campo/
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