As exportações brasileiras de café para os Estados Unidos caíram quase 50% em agosto, depois que Donald Trump aplicou o seu tarifaço de 50% sobre o Brasil, afetando diretamente o grão. O dado é do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e preocupa porque os EUA são o principal comprador do nosso café.
Mas o que isso significa na prática para o produtor rural e para quem está começando a olhar o mercado de commodities?
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Por que as exportações de café caíram?
Segundo Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, a queda foi causada por três fatores principais:
- O tarifaço norte-americano, que encareceu o produto brasileiro;
- Uma safra menor em 2025 em comparação ao ano passado;
- Gargalos logísticos que reduziram o ritmo dos embarques.
Mesmo assim, o consumo de café nos Estados Unidos segue firme. O problema é que a conta dessa tarifa mais alta acaba indo para o consumidor americano.
Contratos futuros: por que alguns embarques continuam?
Apesar da barreira comercial, muitas exportações seguem acontecendo porque os contratos já estavam fechados antes da tarifa. Isso mostra na prática como funciona o mercado futuro de café.
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📌 Quando uma cooperativa ou trader fecha um contrato antecipado, o preço e a entrega ficam garantidos, mesmo que depois surja um problema como tarifa, safra menor ou oscilação no câmbio.
Um exemplo é a Cocapec, de Franca (SP), que exporta cerca de 20% da safra para os EUA. Nenhum contrato foi cancelado, mas novos negócios estão em espera.
Já a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, suspendeu novos contratos com os americanos em agosto, esperando clareza sobre o mercado.
Risco de perda de mercado
Os EUA compram cerca de 23% de todo o café exportado pelo Brasil. Como o país responde por 40% da produção mundial, redirecionar esse volume para outros países não é simples.
Se os importadores americanos buscarem café de outras origens com custo menor, o Brasil pode perder espaço no longo prazo. Isso é um alerta para os produtores e para toda a cadeia de comercialização.
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O impacto nos preços do café
Apesar das incertezas, os preços do café continuam em alta, sustentados por:
- Estoques globais baixos;
- Geadas recentes no Cerrado Mineiro;
- Expectativa de tempo seco durante a florada no Brasil;
- Produtores vendendo menos, esperando preços mais altos.
Na Bolsa de Nova York, o café arábica subiu 33,7% em agosto e chegou perto de 400 cents por libra-peso. Já no mercado físico, o Indicador Cepea/Esalq do arábica fechou agosto em R$ 2.323,05 por saca, enquanto o robusta alcançou R$ 1.534,40.
Segundo o analista Guto Gioielli, a queda nas exportações não significa que os preços cairão. "Acredito que a tendência é de café para cima nos próximos meses", disse ele.
O que o produtor pode fazer?
Para o produtor rural, esse cenário traz oportunidades, mas também riscos. Veja alguns pontos práticos:
- Acompanhar o mercado futuro: ele mostra tendências e ajuda a planejar o melhor momento de vender.
- Usar hedge: contratos futuros ou de opção podem proteger contra quedas bruscas no preço.
- Diversificar compradores: depender de um único mercado aumenta a vulnerabilidade a tarifas ou barreiras comerciais.
Esse tipo de movimentação é analisado diariamente na Sala Trader do Portal das Commodities, onde especialistas mostram em tempo real como essas notícias podem impactar o preço que o produtor recebe no campo.
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Fonte: https://monitordomercado.com.br/noticias/300387-exportacoes-de-cafe-do-brasil-para-os-eua-caem-quase-50-apos-tarifaco/
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