O mercado global de bioinsumos agrícolas, hoje avaliado entre US$ 13 e 15 bilhões, deve atingir cerca de US$ 45 bilhões até 2032, impulsionado por uma taxa de crescimento anual entre 13% e 14%. Segundo um estudo da CropLife Brasil e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o setor de controle biológico lidera o mercado, com uma participação de 57%. Este segmento se destaca, especialmente devido à crescente adoção pelos produtores como estratégia de manejo integrado de pragas.
Apesar do forte crescimento dos bioinsumos, o Brasil enfrenta entraves regulatórios e econômicos que limitam sua expansão, como a falta de capacitação para aplicação e a ausência de legislação específica. Atualmente, os bioinsumos são regulados por leis destinadas a produtos químicos e minerais, como a Lei de Agrotóxicos e a Lei de Fertilizantes, o que gera complexidade e insegurança jurídica para empresas e usuários.
Projetos de lei em tramitação (PL 658/2021 e PL 3668/2021) buscam estabelecer um marco legal para bioinsumos, prometendo um trâmite mais claro para o registro e comercialização desses produtos. Segundo especialistas da CropLife e FGV, um marco regulatório específico e padronizações no processo industrial e tributário são passos essenciais para tornar o setor mais acessível e atrativo.
Para consolidar seu papel no mercado global, o Brasil também precisará intensificar o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Embora apresente resultados promissores, o país ainda precisa equiparar-se a líderes como EUA, China e Coreia do Sul em inovações biotecnológicas.
Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/mercado-global-de-bioinsumos-pode-atingir-us-45-bilhoes-ate-2032/