O milho brasileiro atingiu o maior preço entre os principais exportadores, afetando o volume das exportações. Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicam uma queda na produção norte-americana, de 386,1 para 384,6 milhões de toneladas, o que, somado à vitória de Donald Trump, pode ampliar as incertezas sobre a relação EUA-China. Tal cenário abre potencial para o Brasil, caso a China redirecione compras de milho devido a possíveis tensões comerciais.
No Brasil, o milho fechou a semana cotado a R$ 73,86 por saca, registrando aumento de 1,11% no contrato de novembro de 2024 na B3. Esse patamar elevou o custo do milho brasileiro, reduzindo sua atratividade no mercado internacional: as exportações acumuladas até outubro caíram cerca de 30% em relação ao mesmo período de 2023. A estimativa é de encerrar o ano com cerca de 40 milhões de toneladas exportadas, uma redução significativa comparada a anos anteriores, mas ainda acima da média dos últimos cinco anos.
Por outro lado, o milho norte-americano, atualmente mais barato, tem dominado o mercado global. As exportações dos EUA já atingiram 28,5 milhões de toneladas, um crescimento de 40% em relação ao ano passado. A expectativa é que o país exporte 59 milhões de toneladas até o final da safra, consolidando sua liderança no setor.
Com o milho brasileiro menos competitivo, analistas da plataforma Grão Direto preveem uma semana de tendência positiva para o mercado nacional, mas o cenário demanda atenção contínua aos preços e às oportunidades de exportação frente à concorrência dos EUA.
Fonte: https://www.canalrural.com.br/agricultura/milho/milho-brasileiro-e-o-mais-caro-entre-os-paises-concorrentes-e-agora-o-que-esperar-dos-precos/