Nesta segunda-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,7695, em um contexto de incertezas econômicas e expectativas do mercado quanto ao pacote de cortes de gastos públicos. Após as eleições municipais, os investidores aguardam que o governo anuncie medidas para controlar as despesas e equilibrar o arcabouço fiscal, tema que tem sido discutido intensamente pela equipe econômica.
O Banco Central (BC) trouxe novos dados que apontam para um déficit primário de R$ 7,34 bilhões em setembro, enquanto a dívida pública recuou para 78,3% do PIB. A expectativa por um controle mais rigoroso das contas públicas tem gerado desconfiança, levando investidores a protegerem suas aplicações e influenciando o valor da moeda norte-americana.
No campo da inflação, o boletim Focus elevou as projeções para o índice de preços ao consumidor, que já está acima da meta estabelecida pelo BC. Este quadro, impulsionado pela alta do dólar e pela pressão nos custos de energia e alimentos, reforça a necessidade de ajustes fiscais.
O Ibovespa, principal índice da bolsa, teve uma leve alta de 0,03%, alcançando 127.874 pontos, indicando uma certa cautela no mercado de ações, em contraste com a alta do dólar.
O que esperar adiante?
O governo continua debatendo as medidas com lideranças políticas e ainda não anunciou o plano, o que pode ampliar as oscilações cambiais. Analistas acreditam que, sem o ajuste fiscal, o cumprimento do arcabouço econômico será desafiador, podendo resultar em juros mais elevados para compensar o risco.
Enquanto isso, a inflação permanece no radar, com o BC elevando a taxa Selic para 11,25% ao ano na última semana. A continuidade do dólar alto pode pressionar ainda mais o custo de vida, com impactos diretos em setores dependentes de importação.
Resumo do dia:
- Dólar: Alta de 0,56%, cotado a R$ 5,7695
- Ibovespa: Leve alta de 0,03%, aos 127.874 pontos
- Inflação: Projeções apontam índice acima da meta para 2024