Em setembro, os preços ao produtor no Brasil mantiveram a tendência de alta pelo oitavo mês consecutivo, registrando um aumento de 0,66%, informou o IBGE. Esse avanço levou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) a uma alta acumulada de 6,06% nos últimos 12 meses, com as maiores influências vindo dos setores de alimentos, indústrias extrativas, refino de petróleo e biocombustíveis, além de papel e celulose.
O IPP, que mede a variação dos preços na “porta da fábrica” – sem impostos e frete – em 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, revelou que 17 dessas atividades registraram crescimento em setembro. O analista Felipe Câmara destacou a influência persistente dos bens de consumo não duráveis, com a indústria alimentícia, especialmente os preços da carne bovina e do açúcar VHP, como fatores principais.
Além da pressão vinda dos alimentos, a queda nas indústrias extrativas, o refino de petróleo, biocombustíveis, papel e celulose também desempenharam papéis importantes na composição do índice. A variação dos preços reflete, em parte, uma menor oferta de carne e açúcar devido a secas e queimadas, além do final do período de colheita da cana, afetando a oferta de matéria-prima.
Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/precos-ao-produtor-no-brasil-sobem-066-em-setembro-em-8a-alta-seguida/