A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alertou que, apesar da recente queda nos preços da cesta Abrasmercado, a estiagem prolongada e as queimadas devem elevar os preços de diversos alimentos nos próximos meses. Em agosto, a cesta, que inclui 35 produtos, registrou uma queda de 1,32%, com o valor médio passando de R$ 742,60 para R$ 732,82.
Entretanto, a Abras prevê que verduras, frutas e legumes terão seus preços impactados negativamente até o final do ano. O café, que já acumula uma alta de 20% em 2024, também deverá continuar sob pressão. Além disso, o açúcar deverá sofrer aumento devido à redução da oferta provocada pelas queimadas.
As proteínas animais também devem ter seus preços elevados neste segundo semestre, uma vez que as queimadas afetam as áreas de pastagens e aumentam os custos dos pecuaristas. A associação destaca que o aumento no preço da carne bovina pode provocar uma elevação na demanda por outras proteínas, como frango e suínos, contribuindo para uma alta generalizada.
Por outro lado, a pesquisa "Consumo nos Lares Brasileiros" revelou um crescimento de 2,54% no consumo em agosto, superando a projeção da Abras de 2,50% para o ano. A queda nos preços de alimentos e bebidas para consumo no domicílio, junto com fatores sazonais, como o Dia dos Pais e um calendário com cinco finais de semana, impulsionaram esse aumento.
A Abras também ressaltou que o recuo da inflação e a melhora no emprego formal, além das transferências de programas sociais, têm favorecido o consumo. Em comparação com agosto de 2023, a alta do consumo foi de 1,16%.
Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/estiagem-prolongada-e-queimadas-devem-elevar-precos-de-alimentos-diz-abras/