Perspectivas do mercado bovino - Desafios e oportunidades no radar do Rabobank

Perspectivas do mercado bovino - Desafios e oportunidades no radar do Rabobank

Análise profunda dos abates, exportações e custos: previsões e tendências para o setor bovino em 2024

10/04/2024 Fonte original

Foto: cottonbro studio

Após um impressionante aumento de 11% na produção de carne bovina em 2023, atingindo o maior volume dos últimos 5 anos com 8,9 milhões de toneladas, o Rabobank está apontando para um novo rumo no mercado no seu primeiro AgroInfo de 2024.

O primeiro trimestre viu os abates de bois continuarem em alta, impulsionados pelo atraso das chuvas e os custos crescentes da ração no final de 2023. Esses fatores levaram a um movimento de antecipação da oferta para abates, especialmente de fêmeas.

Apesar da demanda externa robusta, a sazonal queda no consumo interno deixou os níveis de oferta acima da demanda, pressionando os preços do boi gordo no mercado futuro. Isso reforçou a estratégia de antecipação dos abates para reduzir custos e obter melhores preços dos frigoríficos.

O Rabobank prevê que os abates no primeiro trimestre podem atingir recordes em comparação com o mesmo período de 2024, um volume nunca antes visto.

Olhando para o futuro, o banco espera uma desaceleração nos abates de fêmeas no segundo trimestre, mas a disponibilidade substancial de bois prontos para o abate manterá os níveis de oferta elevados, limitando potenciais aumentos nos preços do boi gordo.

Quanto às exportações, os dois primeiros meses de 2024 viram os maiores volumes embarcados para o período, ultrapassando pela primeira vez a marca das 200 mil toneladas mensais. A China, principal compradora do Brasil, aumentou suas importações em 13% no acumulado do ano, apesar dos estoques elevados no mercado local.

Até fevereiro de 2024, o volume exportado foi de 408 mil toneladas, 25% acima de 2023, gerando um faturamento de US$ 1,8 bilhão, 17% superior ao mesmo período do ano anterior.

Em relação aos custos, o início de 2024 viu uma queda significativa, com uma redução de 27% em fevereiro, em comparação com o ano anterior. Com uma oferta abundante de grãos no mercado interno, espera-se que isso beneficie a atratividade e as margens do confinamento.

Por outro lado, os menores custos de carne suína e frango podem aumentar a competitividade dessas proteínas em relação à carne bovina.

 




Fonte: https://www.moneytimes.com.br/rabobank-define-periodo-para-queda-no-abate-de-femeas-mas-precos-do-boi-devem-seguir-pressionados-confira/#:~:text=Rabobank%20define%20per%C3%ADodo%20para%20queda,seguir%20pressionados%3B%20confira%20%E2%80%93%20Money%20Times



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