Revolução culinária: Israel aprova primeira carne bovina de laboratório

Revolução culinária: Israel aprova primeira carne bovina de laboratório

Aleph Farms e BRF se unem para trazer inovação sustentável ao mercado brasileiro

24/01/2024 Fonte original

Foto: Fábio Bueno

Em uma decisão pioneira que está redefinindo o futuro da alimentação, Israel acaba de abrir as portas para uma revolução culinária: a introdução da primeira carne bovina cultivada em laboratório. Desenvolvida pela inovadora startup Aleph Farms, este marco na história da gastronomia utiliza técnicas avançadas para criar carne a partir de células de vacas. O produto estrela, batizado de “Petit Steak”, é um delicioso bife cultivado a partir de células de Angus premium, prometendo uma experiência gastronômica equivalente à da carne bovina premium tradicional.

Esta carne futurista é criada a partir de uma combinação única: óvulos fertilizados de uma vaca Angus preta premium misturados com uma "matriz" de proteínas vegetais extraídas de soja e trigo. Essa abordagem inovadora é um divisor de águas no mercado de alimentos e coloca Israel na vanguarda da tecnologia alimentar.

O que torna essa conquista ainda mais significativa é que Israel é o primeiro país no mundo a aprovar a venda de carne bovina cultivada em laboratório. Antes, apenas os Estados Unidos e Cingapura haviam autorizado a comercialização de carne cultivada, mas de frango. Essa novidade também está prestes a chegar ao Brasil, graças a um acordo entre a Aleph Farms e a gigante BRF, que trará essa revolução culinária aos consumidores brasileiros.

Mas como exatamente essa carne é produzida? A Aleph Farms, originada de um projeto de doutorado do visionário cientista Tom Ben Arye Cohen, utiliza uma técnica fascinante. Eles replicam as células de uma vaca, chamada Lucy, criada em uma fazenda na Califórnia, sem a necessidade de utilizar novos animais. Óvulos são coletados, fertilizados e desenvolvidos até o ponto em que diferentes tipos de células são formadas, dando origem a diversos tecidos, como os musculares.

Essas células são então divididas: algumas congeladas e outras enviadas para tanques de cultivo. Nesses tanques, em vez de uma rede de proteínas como numa vaca, uma matriz de proteínas vegetais de soja e trigo suporta o desenvolvimento das células. Este processo incrível, que não envolve modificação genética ou uso de antibióticos, leva apenas quatro semanas.

Gustavo Guadagnini, presidente do The Good Food Institute Brasil, celebra esse avanço, afirmando que a aprovação da carne cultivada da Aleph Farms em Israel representa um marco monumental para o setor de proteínas alternativas globalmente. Com essa inovação, estamos testemunhando não apenas uma nova era na produção de alimentos, mas também um passo gigantesco para um futuro mais sustentável e ético.

 




Fonte: https://globorural.globo.com/inovacao/noticia/2024/01/israel-torna-se-o-primeiro-pas-a-liberar-carne-bovina-de-laboratrio.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=canalwpp&utm_campaign=canalgloborural



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