Os valores futuros do Café Robusta estão experimentando uma notável ascensão em Londres devido às condições de calor intenso no Brasil e à escassez de chuvas no Vietnã. Na segunda-feira (13), o Café Robusta teve um aumento de 2,9%, atingindo US$ 2.491 por tonelada, seguindo um acréscimo de 2,1% na semana anterior. O calor extremo no Brasil está impactando tanto as áreas produtoras de Café Arábica quanto aquelas que cultivam o Café Robusta, conhecido como Conilon. Isso representa uma ameaça para a próxima safra, pois as altas temperaturas podem danificar as folhas das plantas de café e prejudicar o desenvolvimento dos frutos. A previsão é de temperaturas próximas a 40°C na maioria das regiões produtoras do Brasil nesta semana, conforme informado pela meteorologista Nadiara Pereira, da ClimaTempo. Esses problemas climáticos são particularmente preocupantes para o Café Robusta, utilizado na produção de café solúvel, devido à combinação com a já restrita oferta do Vietnã, o segundo maior produtor global depois do Brasil. O Vietnã está enfrentando uma seca relacionada ao fenômeno climático El Niño. No que diz respeito ao Café Arábica, apesar das expectativas da maioria dos analistas quanto a um aumento na produção no próximo ano devido às chuvas favoráveis no Brasil, o calor acima da média ainda gera apreensões, de acordo com Marcelo Moreira, da Archer Consulting. Os preços futuros do Café Arábica também estão em alta em Nova York, registrando um aumento de 1,5%, e já acumularam uma elevação de mais de 15% em um mês. Esse movimento é impulsionado principalmente por investidores que estão ajustando posições vendidas. A diminuição nos estoques de café na bolsa e o vencimento de opções na última sexta-feira (10) contribuíram para a volatilidade do mercado. Na última semana, o Brasil foi impactado por uma intensa onda de calor, resultando na emissão de um alerta vermelho pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para quinze estados e o Distrito Federal. O que ocorreu: As temperaturas subiram acima do normal, excedendo a média em até 5ºC por mais de cinco dias. O Inmet emitiu o alerta vermelho para áreas específicas do Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Paraná. Esse alerta abrangeu todos os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. A onda de calor foi categorizada como de "grande perigo", representando o nível máximo na escala de severidade do Inmet para eventos meteorológicos. Isso indica uma probabilidade significativa de ocorrerem danos graves, com riscos para a integridade física e até mesmo para a vida humana. O alerta vermelho permanece em vigor até sexta-feira (17), sinalizando a previsão de fenômenos meteorológicos excepcionalmente intensos. Além disso, alguns estados estão sob alerta laranja devido à baixa umidade, incluindo Maranhão, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Goiás, Paraíba, Piauí, Tocantins e o Distrito Federal. Alertas para tempestades também foram emitidos, afetando Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde há potenciais riscos associados. A onda de calor tem estabelecido recordes de temperatura em todo o país, sendo um fenômeno de grande destaque nos últimos dias, como observado no Rio de Janeiro.
Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/11/13/brasil-alerta-vermelho-de-calor-em-seis-estados.htm https://www.bloomberglinea.com.br/agro/cafe-robusta-estende-rali-com-onda-de-calor-extremo-no-brasil/