Novo combustível a base de soja é lançado nos EUA

Novo combustível a base de soja é lançado nos EUA

Produzido a partir da soja, novo combustível pode ter sérios impactos na comercialização do grão. Ainda em fase experimental nos países bálticos, combustível deve chegar a outras regiões em breve.

02/09/2022

Foto: Sippakorn Yamkasikorn

Um novo combustível lançado nos EUA transformará o mercado de soja, derivados e hidrocarbonetos, dizem especialistas. O chamado HVO (óleo vegetal hidrogenado), feito a partir da soja, já está em testes nos países bálticos e escandinavos, anunciando uma grande mudança na economia mundial.

HVO, também conhecido como óleo hidrotratado ou óleo hidrogenado, também conhecido como biocombustível hidrogênio, usa gás hidrogênio em vez de metanol (como o biodiesel) para catálise. De acordo com seus desenvolvedores, este novo biocombustível pode reduzir as emissões de CO2 dos veículos em 90%.

Gustavo Idígoras, presidente da Câmara das Indústrias Petrolíferas da República Argentina e do Centro dos Exportadores de Cereais (Ciara-CEC), disse que o HVO faz "parte da forte política da última geração de biocombustíveis introduzida pelos Estados Unidos, que substituirá combustíveis fósseis, à base de óleo de soja renovável".

Em entrevista ao portal argentino Télam, o especialista observou que o desenvolvimento deste novo combustível terá um impacto particular nas exportações dos países vizinhos. Segundo ele, a verdadeira ameaça à queda do preço dos derivados da soja são os derivados da soja, um dos principais produtos da pauta de exportações da Argentina.

"Esta revolução energética na América está gerando bilhões de dólares em investimentos", disse Idigolas. Por sua vez, um relatório do diretor da Agritrend, Gustavo López, destaca que, em oito anos, o consumo global de biocombustíveis cresceu 72% no geral, com o biodiesel aumentando 53% e o HVO 487%.

Segundo o responsável da Ciara-CEC, o HVO “pode ser utilizado 100% sem corte porque é um substituto completo para o diesel mineral”. Isso significa que, uma vez que a nova tecnologia seja totalmente testada, os Estados Unidos poderão substituir completamente o uso de combustíveis fósseis.




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Gustavo Ferreira Felisberto





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