As exportações de milho do Brasil em agosto foram estimadas em 7,88 milhões de toneladas na terça-feira, segundo previsões da Associação Nacional dos Exportadores de Grãos (Anec), o que seria um recorde para qualquer mês, já que o Brasil vendeu uma safra histórica em meio à forte demanda, conforme informações da Agência Reuters.
A previsão é um aumento de mais de 1 milhão de toneladas em relação à previsão para o mês de 6,221 milhões de toneladas divulgadas na semana passada.
Com embarques fortes, o país pode voltar a ocupar o segundo lugar entre os maiores exportadores, à frente da Argentina e dos Estados Unidos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para 2021/22.
Além da safra abundante, que deve somar mais de 115 milhões de toneladas, os brasileiros também estão vendendo mais para países que antes usavam a Ucrânia como fornecedora do produto, segundo a estatal Conab.
Em uma análise que leva em conta o fluxo de cargas nos portos e o número de navios na fila para exportação, os embarques de grãos em agosto chegarão a pelo menos 7,2 milhões de toneladas, dentro do intervalo inferior das estimativas da Anec.
Se a previsão mais otimista da associação de 7,88 milhões de toneladas se confirmar, as exportações de cereais em 2021 aumentarão 3,7 milhões de toneladas em relação ao mesmo mês, superando também o recorde anterior de 7,67 milhões de toneladas estabelecido em agosto de 2019.
No início deste mês, a consultoria StoneX elevou sua previsão de exportação de milho 2021/22 para 42 milhões de toneladas, um novo recorde para o ano que superaria 2018/19.