Nesta segunda-feira, 25, o contrato para julho do milho na Bolsa de Chicago registrou avanços e recuperou a queda da última sexta-feira. No momento, o contrato mais negociado é o de julho, em que cada bushel — o equivalente a 25 toneladas de milho — é negociado por US$ 7,980.
Negociações mais altas em uma década
Segundo apurado pelo jornal Valor Econômico, a alta de hoje alinhado com os avanços recentes nos preços, marca o período de cotações mais alta em um cerca de uma década — entendimento compartilhado por uma parcela do mercado.Segundo os dados atuais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), espera-se que a área plantada de milho nos EUA, responsável pelos maiores números de produção do grão em todo o mundo, seja menor que a área destinada ao plantio da soja. Se confirmado, será a segunda vez que tal configuração ocorre.
Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de milho/ Foto: Jesse Gardner
Com a confirmação da projeção, caso ocorra, haveria a oferta de 15 milhões de toneladas de milho a menos no mercado mundial de negociações do cereal, com a cotação podendo chegar aos 10 dólares por cerca de 25 toneladas de milho, preço esse que seria recorde na Bolsa de Chicago. Em nota, o diretor da Price Futures Group, consultoria na área de produção, disse que “com o milho de julho sendo negociado perto de US$ 7,90, o milho de US$ 10 não parece impossível”.
Fatores para a alta
De acordo com o USDA, o plantio pode ser atrasado devido às condições climáticas adversas nos estados de plantio dos EUA, considerando o tempo frio e chuvoso que atinge vária regiões do país. Com isso, a chuva e o frio podem ser considerandos um dos responsáveis pela alta da cotação no pregão de hoje, enquanto outros grãos sofreram com a queda nos preços, como a soja e o trigo.
Em relação à exportação, foi divulgado nesta sexta-feira que houve um avanço de cerca de 40% na semana passada, se comparado com o mesmo período do ciclo passado. Foram exportados pouco mais de 1,5 milhão de toneladas do cereal, ainda assim, ao verificar a safra inteira até o momento, há um recuo de cerca de 16% com relação ao que foi exportada no ciclo anterior.