Apesar do número expressivo, a expectativa fica mais de 20 milhões de toneladas abaixo da projeção inicial feita pela empresa, divulgada no terceiro trimestre do ano passado. Com a projeção revisada, ainda que 16,42% menor que a expectativa inicial, o crescimento ante o número inicial é pouco mais de 500 mil toneladas.

Em comparação, a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), também divulgada hoje no Boletim de Grãos de abril, indica que a produção “antes estimada em 122,77 milhões de toneladas e neste relatório passa a ser de 122,43 milhões de toneladas”, revisando para baixo o número anterior. O relatório da Conab espera uma produção de 2,2 milhões de toneladas acima do projetado pela AgResource Brasil.

Sobre a situação atual da produção de soja, a Conab informou que “o Rio Grande do Sul segue como o estado mais atingido pelo deficit hídrico em novembro e dezembro de 2021, seguidos por Paraná e Mato Grosso do Sul. Em cenário oposto, a maioria dos outros estados conseguiram produtividades superiores às obtidas na última safra, com destaque para o Piauí, que tem obtido rendimentos 12,7% superiores, até o momento. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, aproximam-se do final da colheita, superando mais de 97% da área semeada”.

No mesmo relatório, a Conab divulgou que espera uma redução nas exportações de soja, reduzindo a “estimativa de exportações em 3,16 milhões de toneladas, passando de 80,16 milhões de toneladas para 77 milhões de toneladas”.

Em nota, o órgão afirma que a redução é esperada em razão do cenário atrativo para esmagamento do grão em território nacional, levando assim a uma expectativa de crescimento da exportação de óleo de soja em detrimento do grão bruto, fazendo com que “as exportações de óleo de soja passem a ser estimadas em 1,56 milhão de toneladas”.