Foto: Alexander Mils/Unsplash
Nesta segunda-feira, 04, a cotação do dólar conseguiu atingir o menor valor de negociação em dois anos. O dólar segue em queda desde março, quando noticiamos que a moeda havia alcançado uma cotação ao nível de março de 2020, agora, a negociação segue batendo novos recordes.
Influência tanto de fatores externos como internos
A perspectiva de novas sanções ao Kremlin em retaliação ao conflito em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia provocou temores de cortes adicionais de oferta, ajudando outras moedas exportadoras de commodities no dia, como o rand sul-africano, o peso mexicano e o peso chilneo.
Os investidores já sabem os próximos passos do Copom (Comitê de Política Monetária) do banco central, que disse que encerrará seu ciclo agressivo de alta de juros em maio, mantendo a Selic em 12,75%.
Na sexta-feira, o IBGE divulgará a leitura de março do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), que segundo a Pesquisa Econômica Bradesco estará no topo da agenda doméstica. Apesar da desvalorização do dólar nesta manhã, alguns participantes do mercado estão mostrando cautela diante da greve dos servidores do BC na sexta-feira, conforme informações do UOL Economia.
Incertezas com relação ao petróleo
Enquanto o real se valorizou em relação ao dólar e o petróleo se recuperou, a incerteza sobre uma mudança no comando da Petrobras fez com que as ações da estatal caíssem, limitando uma correção no índice da tarde, o que ajudou a encerrar o segundo dia consecutivo de fechamento do Ibovespa acima de 121.000, ainda em seu nível mais alto desde meados de agosto.
Segundo a B3, os investidores estrangeiros entraram com R$ 21,355 bilhões em março. O fluxo positivo de renda variável em 2022 caiu de R$ 91,1 bilhões para R$ 64,1 bilhões, ainda em patamar elevado, devido a ajustes metodológicos, segundo informações apuradas pelo Estadão.
Postado por:
Gustavo Ferreira Felisberto
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