Conheça a deflação, fenômeno que já atingiu vários países pelo mundo

Conheça a deflação, fenômeno que já atingiu vários países pelo mundo

Nesta terceira parte da série “Inflação: do neto ao avô”, você vai conhecer um fenômeno que atingiu, especialmente, países da Europa nos últimos anos e mesmo outras economias. A "deflação" é o assunto desta terceira parte da nossa série.

28/03/2022

Foto: Unsplash/ Amr Serag

Nesta terceira parte da série “Inflação: do neto ao avô”, você vai conhecer um fenômeno que atingiu, especialmente, países da Europa nos últimos anos. Na segunda parte da série, você entendeu o que é a hiperinflação e, porque esse termo da economia é tão popular em alguns países, que, por conjuntura, precisaram ou ainda precisam lidar com um aumento extraordinário nos preços.

Agora, conheça a deflação. Se a inflação é a alta generalizada dos preços, então a deflação é… exatamente o que você vai conferir ao longo desta matéria!

Deflação é um “derretimento” da inflação?

Para o economista estadunidense Gregory Mankiw, a quem recorremos para destrinchar os termos inflação e hiperinflação, define deflação como, basicamente, uma diminuição do nível geral de preços.

Ou seja, na prática, a deflação nada mais é do que uma redução dos preços dos bens e produtos consumíveis. E, apesar de não parecer, nem sempre uma redução nos preços em tão grande escala é um bom indicativo. Na economia, especialmente para a saúde econômica dos países, a deflação pode ser reflexo de uma oferta grande e uma demanda reduzida.

Então, a deflação é o inverso de um cenário dominado pela inflação. Nesse cenário, em deflação, pode ser resultado de um ou mais fatores em conjunto, assim como ocorre com a alta da inflação, que tem como um de seus principais impulsionadores, a impressão de muito papel-moeda em um curto período de tempo.

O problema

A parte negativa na queda de preços, sim, há uma parte negativa, é quando essa queda se mantém por um longo tempo. Quando há uma queda pontual, de apenas determinado produto ou de vários por um curto período, não é esperado impactos negativos que possam mudar o seu dia a dia — é, apenas, uma questão de demanda e oferta de produtos no mercado.

Já quando essa queda é prolongada, pode significar que a economia de um país está estagnada, situação em que as pessoas deixam de comprar e os vendedores são obrigados a baixar o preço para tentar conter essa queda nas vendas. Com os preços baixos se mantendo assim por um longo tempo, os consumidores, como você, podem preferir comprar no mês seguinte um produto, já que ele terá o mesmo preço ou poderá estar até mais barato.

Casos de deflação no Brasil e no mundo

No Brasil, geralmente, a deflação está relacionada com uma redução acentuada na atividade econômica. Em outros países, como na região da zona do euro, na Europa, já foi registrado casos de deflação, conforme noticiado em setembro de 2020 pela agência de notícias France Presse, divulgando que “a inflação da região foi de -0,2%, consequência da queda generalizada da demanda e dos preços da energia”.

Além de não ser um fenômeno isolado, Mankiw comenta que “quando as empresas esperam que haja deflação, elas ficam relutantes em tomar empréstimos para adquirir bens de investimento, pois acreditam que terão que reembolsar esses empréstimos mais tarde com uma moeda corrente que estará valendo mais”, em seu livro Princípios de Macroeconomia (2021).




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Gustavo Ferreira Felisberto





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