Giro semanal: tudo que você precisa saber para começar bem o dia!

Giro semanal: tudo que você precisa saber para começar bem o dia!

Risco na economia, Bitcoin em alta, temperaturas no RS, pressão de maior oferta sobre o milho e mais neste pequeno giro semanal.

08/11/2021

Foto: Unsplash/Mattias Diesel

Economia

Preocupação com a crise fiscal no Brasil e alta do juros nos EUA, agravado com a tentativa de furo do teto de gastos, leva participação do país em carteira de investidores estrangeiros ao mínimo histórico. Participação do país em fundos de mercados emergentes chega em 5,1%, bem longe dos 16,4% registrado no ano de 2011. 

Segundo relatório do BTG Pactual, nos fundos globais a participação do Brasil é de apenas 0,23%, enquanto que no ano de 2009 a participação era de 1,94%. Ainda que a situação esteja em níveis históricos, dados do Banco Central (BC) indicam que tem ocorrido uma recuperação tímida nos investimentos de origem estrangeira. Para Rachel de Sá, chefe de economia da corretora Rico, "isso é explicado por uma confluência de fatores domésticos e um internacional, diante de um movimento de aumento de taxas de juros". 

A intensidade dos problemas pode causar mais estragos no Brasil do que em outros países, segundo analistas. Ainda assim, as preocupações com o ritmo de crescimento da atividade econômica e retomada das atividades no contexto de alta da vacinação, não são exclusividades do país. Com a situação de piora fiscal, investidores em Nova York já questionam a solvência da dívida nacional, segundo Cassiana Fernandez, economista do JPMorgan (Economia UOL).

Criptomoedas

A Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC, na sigla original) dos EUA pode estar preparando medidas mais duras contra empresas de criptomoedas, sugere o presidente da Comissão, Gary Gensler.

Para o presidente, vários produtos criados sobre a base das criptomoedas se enquadram nas definições e valores mobiliários. Na mesma oportunidade, em fala durante a última semana, o presidente da Comissão chamou um possível endurecimento de “aplicação da lei” (Money Times).

Nesta segunda-feira, o Bitcoin sobe em direção ao máximo histórico, conforme informações da agência Reuters. Em 20 de outubro deste ano, a criptomoeda havia alcançado o valor máximo de US$ 67.016,50, enquanto hoje já é negociada em US$ 66.170 - subindo 51% desde outubro, quando um fundo futuro baseado na cripto foi lançado na bolsa dos EUA. (Reuters).

Clima

Nesta semana, o Rio Grande do Sul permanece com previsão de altas temperaturas e pouca chuva. Hoje (08) e amanhã, terça-feira (09), haverá predominância do ar quente e úmido, com chance de chuvas isoladas no Norte e Nordeste do estado. Já na quarta-feira (10), há risco de temporais isolados na metade norte do estado e chuva na maioria das regiões, devido ao deslocamento de uma área de pressão.

Conforme informações do Boletim Integrado Agrometeorológico, elaborado em parceria por órgãos do RS, na metade sul do estado os totais esperados devem ficar abaixo dos 10 mm. Enquanto isso, nas demais regiões os valores devem ficar entre 10 e 30 mm na maior parte das localidades, ainda que possa alcançar os 50 mm no Noroeste (Agrolink).

Milho

Como resultado das mudanças climáticas, a produção de milho em nível global pode cair 24% até 2030, conforme informações de um estudo publicado no Nature Food. A produção nas principais regiões produtoras, incluindo o Brasil, pode diminuir ao longo dos próximos anos. “Não esperávamos ver uma mudança tão fundamental”, disse o cientista líder do estudo, Jonas Jagermeyr.

A redução de 20% se comparado ao nível atual pode gerar fortes impactos no mundo. Segundo o estudo, “o aparecimento de impactos climáticos ocorre de forma consistente nas novas projeções - antes de 2040 para várias regiões produtoras principais” (Agrolink).

Nesta semana, espera-se que a pressão de maior oferta conte sobre o milho. Com indicativos de queda durante a última semana na bolsa de Chicago, aguarda-se pela divulgação do relatório Wasde de oferta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), programado para esta terça-feira (09/11). No Brasil, o plantio da safra segue em bom ritmo e com previsões positivas no clima (Money Times).

Soja

O plantio da soja, commodity cujo país é o maior produtor mundial, havia atingido 67,32% das áreas projetadas na última sexta-feira (05/11), segundo dados da consultoria Pátria AgroNegócios. Com isso, a consultoria indica que os trabalhos estão em ritmo avançado no Brasil.

Impulsionado por condições climáticas favoráveis, ocorreu o plantio de cinco milhões de hectares em apenas sete dias, representando um recorde para o período. Em comparação com o mesmo período do ano passado, apenas 55,08% das áreas estavam semeadas com a soja, enquanto a média histórica está na casa dos 48,6% (Istoé Dinheiro).

Os produtores devem se atentar ao clima, já que a estimativa é de até 450 mm de chuva para regiões produtoras da oleaginosa neste mês. No Sul, o fenômeno La Ninã deve deixar a chuva entre 50 mm e 100 mm abaixo do normal, com cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina ficando abaixo dos 30 mm no acumulado de todo o mês (Canal Rural).

Café

Com o alívio das chuvas, espera-se uma recuperação da safra 2022-23 da produção de café em território nacional, conforme informações da Ecom Trading - responsável por uma das maiores operações mundiais do grão. "Estamos muito otimistas com a recuperação”, manifestou o vice-presidente da operação brasileira da empresa.

Em 2022, o país entrará no ciclo de colheita de alta produtividade da colheita do tipo arábica. Ainda que seja o maior produtor mundial de café, a safra deste ano sofreu uma redução acentuada se comparado com o ano passado, passando de 70 milhões de sacas para 54,7 milhões de sacas, resultado atribuído ao clima seco.

Assim como outros países, o Brasil está tendo de lidar com problemas logísticos que já impediram a exportação de mais de 6 milhões de sacas nos últimos meses, contribuindo para a alta. Em Nova York, contratos futuros do café arábica já acumulam uma alta de 62% somente neste ano (Money Times).




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Gustavo Ferreira Felisberto





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