Comece bem a semana!! Tudo o que você precisa saber

Economia:

Com a alta de 0,87% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, a inflação oficial do país chegou a 9,68% nos últimos 12 meses, segundo os dados divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as 16 regiões metropolitanas pesquisadas, oito apresentaram taxas acumuladas em 12 meses superiores a 10%.

A maior inflação acumulada foi verificada em Curitiba, com taxa de 12,08%, seguida de Rio Branco (11,97%), Campo Grande (11,26%) e São Luís (11,25%). O menor acumulado de 12 meses foi registrado no Rio de Janeiro, com inflação de 8,09%.

A gasolina foi o principal impacto no mês, com alta de 2,80%. Em 12 meses, a gasolina acumula alta de 39,09%, o etanol de 62,26%, o gás de botijão de 31,70% e a energia elétrica residencial ficou 21,08% mais cara em um ano.

A segunda maior contribuição para a inflação mensal veio de alimentação e bebidas (1,39%), que acelerou em relação a julho (0,60%). A alimentação no domicílio passou de 0,78% para 1,63% em agosto e a alimentação fora do domicílio subiu 0,76%, com alta de 1,33% nos lanches e de 0,57% nas refeição.

Tiveram forte alta no mês o pimentão (32,87%), a batata-inglesa (19,91%), o café moído (7,51%), hortaliças e verduras (5,17%) e o frango em pedaços (4,47%). As únicas quedas foram registradas na cebola (-3,71%) e no arroz (-2,09%) (Agência Brasil).

Em entrevista a CNN, o economista Livio Ribeiro, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, estima que para a manutenção da inflação dentro da meta, seria necessário um salto da taxa Selic dos atuais 6,25% para 13% até dezembro deste ano. Tal salto teria forte efeito recessivo na economia, reduzindo as expectativas de crescimento do PIB nacional dos já mínimos 1% para uma estagnação ou até recessão, porém, a inflação retomaria a meta de 3,5% até o fim de 2022 (CNN).

Criptomoedas:

A XP e a Rico Investimentos vão comercializar dois fundos de investimentos com base em Criptomoedas no próximo dia 1º de outubro, informa nota enviada a imprensa nesta última quinta-feira (23).

Segundo a corretora, o valor mínimo para participar de cada um deles é de R$ 100. Os fundos terão uma taxa de administração de 0,5% ao ano. Ambos os fundos terão gestão passiva, mas contarão com estratégias diferentes. O Trend Cripto Dólar FIC FIM será para o investidor que deseja ter os mesmo rendimentos do índice de cripto da Bolsa norte-americana Nasdaq, o Nasdaq Crypto Index (NCI) (Money Times).

Além disso, nesta semana, a Compass Mining, empresa americana que atua como um marketplace de hardware para a mineração de Bitcoin, anunciou um novo serviço que permite que mineradores de varejo realizem o processo em casa. Chamado de “At-Home Mining”, esse serviço permite que os clientes realizem a mineração de Bitcoin em casa, sem ter que pagar taxas adicionais de instalação de hospedagem, tendo uma máquina de mineração ASIC (equipamentos projetados para funções específicas, nesse caso, a mineração) entregue diretamente na residência (Info Money).

Por fim, o Banco Central da China anunciou na sexta-feira (24/9) que todas as transações de Criptomoedas são consideradas ilegais no país, incluindo o popular bitcoin. Após o anúncio, o preço do Bitcoin caiu mais de US$ 2 mil (R$ 11 mil).

Embora a negociação de Criptomoedas foi oficialmente proibida na China desde 2019, ela continuou a ser feita online por meio de transações no exterior.

O anúncio de sexta-feira é a indicação mais clara de que a China quer fechar ao cerco ao comércio de Criptomoedas em todas as suas formas. A declaração deixa claro que os envolvidos em "atividades financeiras ilegais" estão cometendo um crime e serão processados e sites estrangeiros que fornecem esses serviços online para cidadãos chineses também são considerados ilegais (G1).

Soja:

A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das maiores tradings e processadoras de commodities agrícolas do mundo, informou nesta sexta-feira que uma de suas plantas de esmagamento de soja na China interrompeu as operações esta semana, em meio a restrições generalizadas no consumo de energia que atingiram vários setores em todo o país.

Os preços do farelo de soja na China, maior consumidor mundial do ingrediente para ração animal, estão subindo depois das paralisações. A instalação da Dreyfus tem uma capacidade de esmagamento diária de 4.000 toneladas, e está fechada desde 22 de setembro, disse a empresa à Reuters (Notícias Agrícolas).

Os players do mercado da soja continuam voltando suas atenções para o clima no Brasil, para o avanço dos trabalhos de plantio da nova safra. Paralelamente, o mercado também acompanha o clima para o avanço dos trabalhos de colheita de nos EUA, assim como os movimento da demanda chinesa no mercado internacional.

Apesar disso, as previsões climáticas começam a apontar para a chegada de umidade para a faixa central do país nas próximas duas semanas, o que deve incentivar o avanço dos trabalhos nos próximos dias. Entre os dias 24 e 30 de setembro, ainda deverá ser registrado um baixo acumulado de precipitações na faixa central. Já entre os dias 1° e 7 de outubro, maiores precipitações são esperadas para a maior parte do Centro-Oeste e do Sudeste, além de grandes acumulados estimados para a região Sul (Canal Rural).

Milho:

Os produtores de milho do Rio Grande do Sul estão preocupados com a presença da cigarrinha nos cultivos. As perdas provocadas pela praga podem chegar a 30% ou 40% na lavoura, segundo o agrônomo Julio Luis Müller. A presença da cigarrinha foi identificada no Rio Grande do Sul no ano passado. Este ano, os agricultores rurais notaram um aumento na população da praga. Além disso, os defensivos que existem no mercado são considerados de baixa eficácia, controlando de 60 a 68% da infestação apenas, de acordo com Müller (G1).

Já no estado de Mato Grosso do Sul, restando apenas 1% das lavouras para concluir a colheita do milho 2020/2021, as previsões confirmam a estimativa de 6,2 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 40,8% da previsão feita inicialmente.

Com base no aumento da área plantada, que passou de 1,895 milhão de hectares para 2,003 milhões de hectares em um ano, Mato Grosso do Sul esperava colher mais de 9 milhões de toneladas de milho nessa safra (Dourados Agora).

Minério de ferro:

Os contratos futuros de referência do minério de ferro da China avançaram pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira, seguindo ganhos no mercado “spot”, embora a demanda pelo ingrediente siderúrgico deva permanecer calma em meio a restrições ambientais.

Os contratos futuros de minério de ferro mais negociados na Bolsa de Commodity de Dalian, para entrega em janeiro, subiram até 4,2%, para 696 Yuanes (107,74 dólares) por tonelada na sessão da manhã, e fecharam com alta de 2,5% na sexta-feira, avançando 8,8% nesta semana.

No entanto, analistas preveem que a recuperação não irá durar, já que a demanda de minério de ferro ainda está prejudicada pelos cortes de produção nas usinas (Money Times).

Petróleo:

O Sudão do Sul poderá retomar as exportações de petróleo por um porto sudanês, informou na noite deste domingo (26) o conselho governista de Cartum, após fechar um acordo com os manifestantes que mantinham um bloqueio no leste do Sudão.

O país subsaariano é considerado o mais novo do mundo, tendo obtido sua independência do Sudão no ano de 2011. Entretanto, a nação além de estar dividida em uma guerra civil entre senhores de guerra desde sua independência, também não possui acesso ao mar (utiliza-se o termo anglófono landlocked para referenciar-se a países sem acesso a águas internacionais, que em tradução livre significa "preso a terra") e depende quase que unicamente das instalações sudanesas para exportar seus 162.000 barris diários de Petróleo.

Já os protestos no Sudão foram iniciados pela tribo Beja no dia 20 de setembro contrários a partes de um acordo de paz com grupos rebeldes, e por sua vez, bloquearam os terminais de exportação petroleira do Porto Sudão.

Acontece que o governo de Cartum (Capital do Sudão), recebe em torno de 25 dólares por cada barril de petróleo sul-sudanês exportado.

O Sudão é governado atualmente por um Conselho Soberano cívico-militar, formado meses após a queda do ex-governante Omar al-Bashir, em abril de 2019 (Uol).