Economia:
A crise hídrica e energética têm sido responsabilizadas como uns dos principais fatores que causaram o recuo de 0,1% do PIB brasileiro. Tal retração foi evidenciada em pesquisa divulgada pelo IBGE no dia 1º de setembro.
Os setores da economia que influenciaram tal número são principalmente o primário e secundário, com a agropecuária retraindo -2,8% e a indústria encolhendo -0,2%.
“A agropecuária começa a sentir os primeiros reflexos da seca (...). Já a indústria tem reflexos principalmente de falta de componentes. O mundo ainda está desestruturado, a cadeia de fornecimento afeta a indústria automotiva, por exemplo. Temos montadoras paradas esperando a chegada de peças por aqui”, explica Juliana Rosa, comentarista do Mercado BandNews.
Agravando fortemente a situação, o fantasma da inflação ronda a economia brasileira mais atuante que a muito não era. No acumulado de 12 meses, o preocupante número de 9% foi atingido, superando com folga o teto projetado pelo governo de 5,25%.
Os produtos mais afetados são os combustíveis, a energia elétrica e os alimentos (Bandeirantes).
Não bastando esses impactos, o agro também sofre em dobro com tais problemas, pois a alta dos hidrocarbonetos e do dólar interfere diretamente no preço dos fertilizantes químicos, insumo básico para produção agrícola brasileira que tende em geral, a ser um produto importado.
O incremento no preço dos insumos agrícolas é estimado em cerca de 45% a mais em relação ao ano passado (G1).
Criptomoedas:
O país Centro-americano de El Salvador adotará o Bitcoin como uma moeda oficial no dia 7 de setembro ao lado do dólar americano.
O pequeno território, com população de 6,5 milhões e PIB de US$ 27 bilhões estará na vanguarda mundial ao ser o primeiro no mundo a adotar tal ativo como forma de moeda reconhecida oficialmente pelo governo.
O presidente salvadorenho, Nayib Bukele, diz que a adoção do Bitcoin economizará US$ 400 milhões por ano para os salvadorenhos apenas em taxas de remessas do exterior. Para fazer a população engatar sua onda, foi criado um fundo fiduciário de US$ 150 milhões. Será lançada amanhã uma carteira digital para a população. Quem baixar o app, chamado Chivo, gíria que pode ser traduzida como “legal” ou “bacana”, já recebe o equivalente a US$ 30. Parte dos US$ 150 milhões alocados no fundo do bitcoin será usado para esse crédito inicial. Além disso, serão instalados pelo menos 200 caixas eletrônicos (ATM) para transações de bitcoin (ISTOÉ Dinheiro).
Milho:
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), ficou abaixo de R$ 93 por saca pela primeira vez desde o início de julho. A cotação variou -0,8% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93 para R$ 92,26 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 17,3%. Em 12 meses, os preços alcançaram 56,08% de valorização (Canal Rural).
Além disso, o retorno da chuvas na região produtora estadunidense, em boa parte graças ao furacão Ida, foi positivo para boa parte das lavouras semeadas mais tardiamente nos EUA. Com isso, as cotações do milho cederam, acompanhando as da soja. E aqui no Brasil, os preços se estabilizaram, apresentando viés de baixa sob pressão da colheita da safrinha, mesmo que esta venha com enormes quebras.
A média gaúcha ficou em R$ 90,28/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços oscilaram entre R$ 78,00 e R$ 94,00/saco, sendo que o CIF Campinas (SP) ficou em R$ 95,00. Já na B3, após quatro dias consecutivos de queda, os preços do milho iniciaram o pregão de quinta-feira (02/09) com leves altas. O vencimento setembro/21 estava em R$ 90,76/saco, enquanto novembro ficava em R$ 90,79, janeiro/22 em R$ 93,00 e março em R$ 93,14/saco.
Os produtores da safrinha estão procurando vender rapidamente o milho colhido, visando fazer caixa para pagar despesas e aproveitar os elevados preços. Essa maior oferta acaba puxando para baixo os preços do cereal (Agrolink).
Soja:
A expectativa com a safra de soja 2021/2022 não poderia ser mais positiva: as vendas antecipadas estão acima da média e prometem grande rentabilidade para os sojicultores. A oleaginosa deve bater o índice de produtividade deste ano entregando, em 2022, um aumento de 3,7% do cultivo. Entretanto, a alta expectativa para a nova temporada exige que os produtores sigam apoiados em soluções tecnológicas de alta qualidade e performance.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, a previsão nacional para as exportações da próxima safra de soja chega a 90 milhões de toneladas, ficando acima das exportações, estimadas em 86 milhões de toneladas. A proporção de rentabilidade que os sojicultores têm em mãos é enorme, uma vez que as negociações dessa safra beiram R$ 150 a saca, representando um aumento de 100% frente ao valor da saca da temporada passada (Agrolink).
Bovinos:
O Ministério da Agricultura confirmou neste sábado, 4, a existência de dois casos do chamado “mal da vaca louca”, como é conhecida a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). Além das notificações protocolares, o governo decidiu pela suspensão das exportações de carne bovina para a China, seguindo o compromisso de protocolo sanitário firmado entre os dois países.
A China é o maior parceiro comercial do País. Junto com Hong Kong, o país asiático respondeu por uma fatia de 59% da receita e do volume exportado pelo Brasil em carne bovina (in natura e processada) desde o início do ano, de acordo com dados divulgados no sábado pela Associação Brasileira de Frigoríficos.
O ministério afirmou ainda que obteve a confirmação na sexta-feira e que, na sequência, informou oficialmente a OIE (Organização mundial da saúde animal). A suspensão das vendas para a China seguirá até que as autoridades do país asiático concluam a avaliação das informações repassadas sobre os casos. Há dois anos, quando o Brasil também registrou um caso atípico do mal da vaca louca, as exportações para China ficaram suspensas por quase 15 dias (InfoMoney).
Café:
A colheita de café dos cooperados da Cooxupé, maior cooperativa e exportadora da commodity do Brasil, havia atingido 90,59% da área até 27 de agosto, mantendo atraso ante o mesmo período do ano passado, informou a organização nesta quinta-feira.
Segundo relatório, os trabalhos estão mais avançados no Sul de Minas Gerais, onde os cooperados já colheram 91,78% da área cultivada.
Em São Paulo, 86,57% dos cafezais já tiveram colheita, enquanto no Cerrado de Minas o índice atingiu 88,91% (Rádio Tucunaré).