Comece bem a semana!! Tudo o que você precisa saber

Comece bem a semana!! Tudo o que você precisa saber

Crescimento desanimador do PIB nacional, otimismo com Criptomoeda, redução dos estoques de produtos siderúrgicos... Isso e muito mais neste pequeno guia semanal.

30/08/2021

Foto: Anafe

Economia:

Os preços da indústria subiram 1,94% na passagem de junho para julho, a maior variação dos últimos três meses. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27, o indicador registra 21,39% nos sete meses de 2021, maior que o acumulado em todo o ano de 2020 (19,38%). No acumulado de doze meses, o índice chega a 35,08%.

A pesquisa do IBGE mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Dessa forma, a maior influência no índice veio de alimentos, refino de petróleo e produtos de álcool, indústrias extrativas e metalurgia

Parte desse aumento dos preços deve-se ao período de alta das Commodities, sejam elas minerais ou agrícolas.

Em relação às grandes categorias, a influência sobre o IPP (1,94%) foi de 2,14% em bens de capital; 1,90% em bens intermediários; e 1,98% em bens de consumo, sendo que 0,76% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 2,22% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis (Veja).


Já sobre a economia brasileira em si, para o economista Marcos Mollica, gestor da Opportunity Total, haverá recuperação econômica ainda neste ano, porém as perspectivas para 2022 não são tão otimistas.

“Todos os riscos fazem com que tenhamos uma postura mais cautelosa. Eu chamaria a atenção para o aumento dos juros, necessário para conter a inflação. O Banco Central vai ser forçado, neste ano, a passar a Selic para patamares mais restritivos. Com isso, ficamos mais cautelosos com o cenário do ano que vem”, diz. “O Produto Interno Bruto (PIB) deve desacelerar em 2022, e, fora isso, você ainda tem toda a incerteza que vem com um ano eleitoral”, continua.

Segundo a previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB do Brasil deverá ficar praticamente estável no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 0,1% frente aos três meses anteriores, pela série dessazonalizada. No último documento sobre a atividade econômica, o Ipea previa alta de 0,2% do PIB no segundo trimestre.

Para 2021 e 2022, os pesquisadores projetam um crescimento de 4,8% e 2% do PIB, respectivamente, mantendo a previsão feita em junho passado. Para Mollica, o controle da inflação é o fator mais importante e que mais merece atenção imediata (CNN)


Criptomoedas:

Após o Bitcoin chegar a superar a marca de US$ 50 mil – o que não ocorria desde maio - investidores e analistas passaram a projetar quais seriam os próximos passos da maior Criptomoeda do mundo

Especialistas esperam que até o fim deste ano, o Bitcoin possa alcançar a marca de US$ 100 mil, ou seja, uma alta de mais de 100% em quatro meses.

Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, lembra que mesmo com uma visão otimista desta, o preço não sobe “em linha reta”, passando por correções ao longo de sua trajetória, mas que a tendência para o Bitcoin é de alta neste momento.

Para o especialista, as análises apontam que a moeda digital pode chegar a US$ 90 mil ou US$ 100 mil até o fim deste ano, sendo que em cenários de correção, seria importante que o Bitcoin conseguisse se sustentar pelo menos entre US$ 45 e US$ 46 mil.

Menos otimista que os demais, mas ainda com uma visão bastante positiva, a equipe de especialistas da Wise&Trust, fintech americana de gestão de investimentos em ativos digitais, afirma que o preço do Bitcoin até o final deste ano deve bater os US$ 70 mil (Info Money).


Milho:

O indicador do milho do Cepea teve um dia de baixa dos preços e chegou ao menor patamar desde o dia 7 de julho. A cotação variou -1,26% em relação ao dia anterior e passou de R$ 97,06 para R$ 95,84 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 21,86%. Em 12 meses, os preços alcançaram 57,45% de alta.

Na B3, a curva de contratos futuros do milho seguiu em tendência de baixa e as cotações também alcançaram o menor nível desde o início do mês de julho. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 95,37 para R$ 95,16, do novembro foi de R$ 95,98 para R$ 95,34 e do março de 2022 passou de R$ 98,07 para R$ 97,43 por saca (Canal Rural).

Já sobre a colheita do milho, ela entra no terço final em Maringá no Paraná e as perdas de produtividade vão sendo confirmadas e, até mesmo, agravadas conforme as máquinas passam pelos campos.  Segundo o presidente do Sindicato Rural de Maringá/PR, José Antônio Borghi, após plantar mais tarde, enfrentar falta de chuvas e passar por 4 geadas fortes, as perdas de produtividade estão entre 70 e 75% daquilo que era esperado incialmente, ficando apenas com cerca de 20 sacas por hectare contra a projeção de 80 sacas

O atraso da colheita também se junta à falta de chuvas deste momento para dificultar o avanço dos preparativos para a safra de soja 2021/22 (Notícias Agrícolas).


Soja:

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) recuou com a queda do dólar em relação ao real. A cotação variou -0,97% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,19 para R$ 169,53 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 10,16%. Em 12 meses, os preços alcançaram 25,77% de alta.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja tiveram mais um dia de leve queda. O vencimento para novembro caiu 0,23% e passou de US$ 13,262 para US$ 13,232 por bushel. A previsão de chuvas em regiões produtoras dos EUA pressionou os preços. Por outro lado, o anúncio de novas vendas para a China impediu maiores desvalorizações (Canal Rural).


Minério de ferro:

Os contratos futuros do aço negociados na China avançaram cerca de 4% nesta segunda-feira, apoiados por uma redução nos estoques dos metais industriais pela quarta semana consecutiva e por um aumento na demanda ‘downstream’.

Os estoques de cinco dos principais produtos siderúrgicos, incluindo vergalhão de aço e bobinas laminadas a quente, recuaram 1,1% na semana passada em relação à anterior, a 21 milhões de toneladas, segundo dados da consultoria Mysteel. Já o consumo aparente aumentou 1,2%, para 10,36 milhões de toneladas.

Os futuros do minério de ferro abriram o dia em alta de 4,9%, mas devolveram a maior parte dos ganhos, fechando o dia em alta de 0,7%, a 835 yuanes (R$ 671,86) por tonelada.

“O crescimento da produção global de minério de ferro vai acelerar entre 2021 e 2025, após ter estagnado nos cinco anos anteriores”, disse a Fitch Solutions em nota, acrescentando que a produção de minério da China deve aumentar (Money Times).


Café:

Os preços do café dispararam. Além da oferta menor no mercado interno, com perdas na produção, as exportações aumentaram, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

De janeiro a julho deste ano, o país exportou mais de 25 milhões de sacas do grão. Isso dá um aumento de 11% ao comparar com o mesmo período de 2020. Hoje, 70% da produção nacional de café vai para outros países.

No campo, o preço da saca para os produtores praticamente dobrou. Nessa época no ano passado, a saca do tipo mais comum no Paraná estava em R$ 480. Hoje, vai de R$ 900 a mais R$ 1.000. E quem produz cafés especiais consegue preços muito maiores (G1).




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Arthur Echenique Alves





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