Comece bem a semana!! Tudo o que você precisa saber

Comece bem a semana!! Tudo o que você precisa saber

Recuperação pós pandemia, seca na Argentina, política econômica brasileira... Isso e muito mais neste guia semanal.

09/08/2021

Foto: Anafe

Economia:

Os preços das matérias-primas chinesas reagiram com perdas depois que os números de importação de julho confirmaram demanda mais fraca por várias commodities, as compras de petróleo ficaram abaixo de 10 milhões de barris por dia pelo quarto mês seguido em julho e mostram queda de quase 6% no ano, as importações de cobre e minério de ferro também caíram pelo quarto mês.

Ao mesmo tempo, a inflação nas fábricas no maior comprador de commodities do mundo permanece teimosamente alta, mesmo com a desaceleração do crescimento econômico. Isso é negativo para os preços das matérias-primas em duas frentes:

Por um lado, porque sugere que as autoridades terão pouco incentivo para deixar de lado as medidas de controle dos mercados. Por outro, o banco central terá menos espaço para afrouxar a política e apoiar o crescimento (Money Times).


No Brasil, economistas passaram a questionar em relatórios para clientes e em debates acadêmicos se a política econômica do governo Bolsonaro está exagerando nos gastos públicos, sem garantia de recursos para bancar propostas como o novo Bolsa Família.

Em relatório divulgado para os clientes, o economista-chefe da XP, Caio Megale, analisou as medidas que poderiam ser consideradas expansionistas. Procurado pelo UOL, ele declarou que os fatos disponíveis até o momento não são suficientes para afirmar definitivamente que o governo passou a adotar uma política fiscal expansionista. Entretanto, ele declarou que essa discussão é importante para avaliar os efeitos práticos da política do Ministério da Economia (UOL)


Em escala Global, uma pesquisa do FMI em parceria com a Ipsos revelou que 53% das pessoas na China já acreditam que as coisas voltaram a ser como antes da Pandemia de Covid-19, seguido pelos 63% da Arábia Saudita que creem que tudo voltará ao normal em um intervalo de no máximo de um ano. Desses, 25% dizem que a economia já se recuperou completamente.

Porém tal otimismo não é demonstrado em maior parte do mundo, que em geral, crê numa retomada econômica efetiva apenas em 2 anos a partir de hoje. Na Rússia, Colômbia, África do Sul, Romênia e Argentina, são os lugares onde menos pessoas esperam uma recuperação rápida.

Quando a questão era sobre quem deveria assumir a responsabilidade de liderar o país para a retomada econômica, a resposta mais comum dada à pesquisa era o governo. Entre os 29 países em que ocorreu a pesquisa, essa era a visão de 53% das pessoas, porém os 48% que sequer mencionaram seu governo local podem indicar uma possível falta de confiança das pessoas em seus líderes nacionais (FMI)


Milho:

Grande importador de milho, Santa Catarina discute rotas alternativas para manter o abastecimento e reduzir a dependência externa

“Para Santa Catarina, o milho é o grão de ouro. O nosso setor produtivo de carnes e leite não para de crescer e sabemos que nossa demanda será cada vez maior. Por isso, nós tomamos a frente e lançamos um projeto que incentiva a produção de cereais de inverno para a ração. Em seu primeiro ano, ainda de forma experimental, já temos resultados animadores. Descobrimos que há uma grande demanda dos produtores e uma oportunidade para avançarmos na produção e na pesquisa, podemos ser protagonistas nesse processo. Se nós ocuparmos as áreas vazias no inverno, tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul, podemos aumentar muito a competitividade do nosso agronegócio”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.

Rio Grande do Sul e Santa Catarina, juntos, possuem 8 milhões de hectares plantados no verão e apenas 1 milhão de hectares são ocupados no inverno. Os reflexos da falta de milho nesses estados podem ser observados pela queda da produção de carne de frango nos últimos anos. 

O agro catarinense consome mais de sete milhões de toneladas de milho por ano e grande parte desse volume é importado de outros estados ou países (Canal Rural).

Além disso, o cenário de escassez de oferta de milho ainda mantém as cotações em patamares historicamente elevados. Esta restrição de volumes deve permanecer presente no mercado até a chegada da segunda safra de 2022, uma vez que, mesmo diante da perspectiva de ampliação do plantio de verão, a produção ainda não será suficiente para atender toda a demanda (Notícias Agrícolas).


Soja:

Sustentados pela valorização do dólar, os preços da soja no mercado interno encerraram o mês passado com firmeza. Em Chicago, o período foi de valorização. Quem projeta como deve ficar esse cenário em agosto e nos próximos meses é o analista Luiz Fernando Roque:

“O clima continua sendo um fator fundamental para o mercado de Chicago até a colheita americana, em meados de setembro. O mercado foi surpreendido pelo anúncio de melhora nas condições das lavouras americanas, enquanto se esperava uma nova queda. Mas a verdade é que o clima não melhorou: a meteorologia continua apontando para um clima seco e quente, principalmente na metade norte das regiões produtoras, onde os produtores estão sofrendo mais as consequências do clima pouco úmido. A gente tem dúvidas quanto à produtividade média americana em função disso.” (Canal Rural).

Já na Argentina, o Rio Paraná é a principal via de comércio. Cerca de 80% das exportações agrícolas do país fluem por suas águas a caminho do Oceano Atlântico.

Por isso, quando o rio atingiu o nível mais baixo desde a década de 1940 – resultado de anos de seca que cientistas atribuem à mudança climática – aprofundou-se a crise de uma economia que tenta se recuperar do colapso causado pela pandemia.

Tradings de grãos de repente se viram obrigadas a reduzir o volume das cargas dos navios, para evitar que fiquem emperrados nas margens rasas do rio. A opção é elevar os volumes de carga quando chegam a portos marítimos mais profundos ou contratar mais embarcações. Ambas são opções caras e demoradas que prejudicam um setor que gera mais de US$ 20 bilhões anuais em exportações. 

Também houve impacto financeiro do lado das importações: com os baixos níveis do rio, cai a geração de energia hidrelétrica e, como resultado, mais dinheiro precisa ser desembolsado para comprar diesel destinado às usinas de eletricidade.

No cenário doméstico, o baixo nível do rio tem reduzido o valor das vendas da Argentina ao exterior. Os prêmios do farelo de soja argentino são negociados em mínimas em relação ao do Brasil. Os prêmios pagos pelos embarques da Argentina em setembro são cerca de US$ 25 a tonelada mais baratos do que no país vizinho e, além disso, muitos clientes de farelo de soja estão migrando para o Brasil para evitar os custos de transporte mais altos (Money Times)


Minério de ferro:

Os contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian e Cingapura despencaram nesta segunda-feira, ampliando as perdas da semana passada, pressionados por perspectivas de aumento de oferta e enfraquecimento da demanda chinesa.

O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em janeiro de 2022, fechou em queda de 4,4%, a 852,50 yuanes (131,67 dólares) por tonelada, depois de tocar uma mínima de 845 yuanes --menor patamar desde 1º de abril. Já o contrato mais ativo da matéria-prima siderúrgica na bolsa de Cingapura recuava 4,3%, a 160,70 dólares por tonelada (UOL).





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Arthur Echenique Alves





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