Milho: O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná anunciou que o Estado, o segundo maior produtor de milho do Brasil, vai colher a pior safrinha de milho (segunda safra ou safra de inverno) dos últimos anos. Segundo estimativas do órgão, divulgadas nesta semana, devido à ocorrência das geadas, a projeção para a safrinha deverá ser de 6,1 milhões de toneladas, quase metade da safra do ano anterior, de 12,34 milhões de toneladas. Até o final do mês passado, a expectativa era de que o estado produziria 9,8 milhões de toneladas, considerando as perdas provocadas pela seca. O prejuízo estimado é de R$ 11,3 bilhões até agora.
Com as projeções de uma safrinha menor, os preços do milho devem sofrer novos reajustes no segundo semestre. Na semana passada, de acordo com o Deral, o preço recebido pelo produtor atingiu R$ 92,04 por saca (60 quilos), alta de 17% em relação ao final de junho e 124% acima dos preços praticados na mesma época do ano passado (UOL).
Arroz: Pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (RS) desenvolveram um consórcio de bactérias capaz de promover a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em arroz, aumentando em 30% a produtividade da cultura. Essa técnica, é usada em leguminosas para disponibilizar à planta o nutriente presente na atmosfera. “Ficou demonstrada a funcionalidade do gênero Bacillus para aumentar o desempenho produtivo do arroz irrigado. Além disso, os consórcios bacterianos, com diferentes gêneros e espécies, agregam a multifuncionalidade para o benefício das plantas de arroz”, declara a pesquisadora da Embrapa Maria Laura Turino Mattos, que conduziu a pesquisa e é responsável por uma coleção com cerca de 500 microrganismos isolados para o arroz irrigado no ambiente de terras baixas (Canal Rural).
Soja: A semana começa com leves baixas para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h40 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 5,25 e 8 pontos, com o agosto cotado a US$ 14,08 e o novembro com US$ 123,45 por bushel. E o foco central dos traders continua sendo o clima no Meio-Oeste americano. Lá, o tempo durante o final de semana foi mais úmido que o previsto, o que ajudou um pouco a produção local (Notícias Agrícolas).
Já na China, o Bureau Político do Partido Comunista da China (PCC) disse em uma reunião na sexta-feira que os planos para estabilizar os preços das commodities e garantir a produção suficiente de grãos e suínos serão incluídos nos planos econômicos nacionais para o segundo semestre de 2021, de acordo com a mídia estatal (AGROLINK).
Boi Gordo: De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a expectativa para essa semana que precede o domingo do Dia dos Pais é de otimismo em relação à demanda. Segundo o analista Fernando Iglesias, com menos medidas restritivas que no primeiro semestre ou no ano passado, o consumo em restaurantes pode ser bem positivo. Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram comportamento misto em que apenas os prazos para julho e novembro avançaram e o restante da curva teve quedas. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 317,85 para R$ 318,19, do outubro foi de R$ 326,15 para R$ 325,15 e do novembro foi de R$ 329,60 para R$ 331,30 por arroba (Canal Rural).
Café: Não estão descartados os prejuízos que ainda estão sendo contabilizados sobre os cafezais, depois dos dois últimos dias de frio intenso, mas nesta sexta (30) o monitoramento internacional sobre o clima no Sul de Minas viu que as geadas na última madrugada podem ter tido um reflexo menor do que o esperado. Com isso, o futuro de setembro, o vencimento principal de referência na bolsa de commodities de Nova York para o contrato C do café arábica, devolveu mais de 1.690 pontos (menos 8,50%), concluindo os trabalhos em 179,55 centavos de dólar por libra-peso (Money Times).
Minério de Ferro: Os contratos futuros de metais ferrosos negociados na China recuaram nesta segunda-feira, com o vergalhão de aço e a bobina laminada a quente afundando cerca de 6% cada, depois de Pequim atualizar suas posições em relação aos trabalhos para redução de emissões de carbono, gerando temores de que possa haver ajustes aos cortes de produção de aço no país. As matérias-primas siderúrgicas negociadas na bolsa de commodities de Dalian recuaram. A referência do minério de ferro engatou a quinta sessão consecutiva de perdas, fechando em queda de 0,9%, a 1.054 yuanes por tonelada (Money Times).