Londres (Reuters) – O índice mundial de preços de alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), subiu pelo terceiro mês consecutivo em maio, atingindo uma média de 120,4 pontos. Este aumento de 0,9% em relação ao nível revisado de abril foi impulsionado principalmente pelas altas nos preços dos cereais e laticínios, apesar das quedas nos preços do açúcar e dos óleos vegetais.
Embora tenha havido esse aumento mensal, a leitura de maio ainda ficou 3,4% abaixo do nível registrado um ano antes. Em fevereiro, o índice da FAO havia atingido o seu nível mais baixo em três anos, à medida que os preços dos alimentos continuaram a diminuir em relação ao pico recorde estabelecido em março de 2022, após a invasão da Rússia na Ucrânia, um importante exportador agrícola.
O aumento em maio foi sustentado por uma alta de 6,3% nos preços dos cereais, devido a preocupações com condições desfavoráveis das safras, que limitam as colheitas previstas para 2024 em regiões-chave como América do Norte, Europa e a área do Mar Negro.
Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO previu que a produção mundial de cereais em 2024/25 será de 2,846 bilhões de toneladas, mantendo-se próxima ao nível recorde de 2023/24. A produção de cevada, arroz e sorgo deve aumentar, compensando as quedas no milho e no trigo. No entanto, a FAO alertou que as recentes condições climáticas adversas na região do Mar Negro provavelmente levarão a uma redução na produção mundial de trigo, uma situação que ainda não está totalmente refletida na previsão atual.
Essas oscilações nos preços e previsões de produção destacam a volatilidade do mercado de alimentos e a importância de monitorar continuamente as condições agrícolas globais.
Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/precos-mundiais-de-alimentos-sobem-pelo-terceiro-mes-consecutivo-em-maio-diz-fao/