Em Itapetininga, São Paulo, agricultores enfrentam desafios ao colher uma safra não tão comum: o milho branco, também chamado de "milho canjica". Este grão, diferente do tradicional milho verde, é essencial para pratos típicos como a canjica e até para a produção de silagem.
Conhecido por suas diversas tonalidades, o milho branco se destaca, mas recentemente tem sofrido com o impacto do clima adverso. O sudoeste paulista, coração dessa produção no estado, viu sua produtividade declinar acentuadamente. Um produtor de Guareí, por exemplo, relata que sua expectativa de colheita caiu drasticamente em relação ao ano anterior: de 120 para apenas 50 sacas por hectare, uma redução alarmante de cerca de 60%.
Essa baixa performance é atribuída à persistente seca que aflige a região há seis anos, comprometendo seriamente o retorno sobre os investimentos. Em resposta a essas adversidades, os agricultores estão inovando nas práticas de cultivo. Alguns optaram por estender o período de plantio, uma estratégia que tem mostrado resultados promissores em Guareí.
A adaptação envolve semear o milho em diferentes épocas, especificamente entre setembro e dezembro, para minimizar riscos e maximizar a produção. Após a colheita, parte desse milho é enviada para uma beneficiadora local, onde é transformado não só em canjica, mas também em fubá. Com a chegada das festas juninas, de maio a agosto, há uma expectativa positiva de que toda a produção seja vendida, celebrando não apenas a festividade, mas também a resiliência dos produtores locais.
Essa narrativa sobre o milho branco de Itapetininga não só destaca a diversidade agrícola do Brasil, mas também ilustra o espírito de perseverança dos agricultores frente aos desafios climáticos.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/nosso-campo/noticia/2024/04/21/clima-atrapalha-producao-de-milho-branco.ghtml