Numa sexta-feira marcada por movimentos intensos nos mercados financeiros, o dólar teve uma alta de 0,39%, alcançando a marca de R$ 4,9985, enquanto o Ibovespa, o principal índice acionário da B3, fechou com uma queda de 0,88%, situando-se em 127.027 pontos.
O dia foi repleto de análises sobre a política monetária nos Estados Unidos e as perspectivas fiscais no Brasil. O Federal Reserve optou por manter as taxas de juros inalteradas, mas as atenções se voltaram para os comentários de Jerome Powell, presidente da instituição, que destacou os impactos duradouros da pandemia na economia americana. O mercado, por sua vez, continua dividido quanto ao momento e à magnitude dos cortes de juros nos EUA.
No front nacional, o foco estava na avaliação fiscal do Brasil. Ministérios projetaram um déficit primário de R$ 9,3 bilhões para este ano, próximo do limite estabelecido. Contudo, há preocupações quanto ao possível excesso de gastos, o que exigiria cortes em investimentos públicos.
As decisões recentes do Banco Central do Brasil também foram tema de discussão. Após reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual na última reunião, o Copom mudou o tom do comunicado, sugerindo uma possível desaceleração no ritmo de cortes. Isso gerou certa inquietação entre os investidores, pois indica uma possível elevação no custo do crédito no país.
Em suma, a jornada nos mercados foi marcada por uma complexa dança entre os eventos globais e as nuances da economia brasileira. Os investidores permanecem atentos aos desdobramentos, preparados para navegar as águas turbulentas da incerteza econômica.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/03/22/dolar-ibovespa.ghtml