O planeta está esquentando a passos largos, e janeiro de 2024 não foi exceção, marcando o mês mais quente já registrado desde 1950, de acordo com o Serviço Copernicus de Mudança Climática (C3S) da União Europeia. Surpreendentemente, a temperatura média global nos últimos 12 meses ultrapassou permanentemente a marca crítica de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
O registro de 1,66°C acima da média para janeiro, comparado ao período entre 1850 e 1900, reflete uma tendência preocupante. O ano anterior, 2023, já havia sido categorizado como o mais quente desde 1850, impulsionado pelas mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño.
Oito meses consecutivos de recordes térmicos indicam uma escalada constante, e a diretora adjunta do C3S, Samantha Burgess, enfatiza a necessidade urgente de redução nas emissões de gases de efeito estufa para conter esse aumento.
Os cientistas dos EUA preveem que 2024 tem 99% de chance de estar entre os cinco anos mais quentes registrados, com um terço de chance de ultrapassar o recorde de 2023. Embora o El Niño esteja enfraquecendo, as temperaturas globais da superfície do mar continuam elevadas.
Apesar dos desafios, a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C permanece elusiva. Cientistas alertam sobre consequências graves e irreversíveis se essa meta não for alcançada, destacando a necessidade de ações governamentais mais rápidas na redução de emissões.
O impacto climático já é sentido em várias regiões, com condições extremas no noroeste de África, Oriente Médio, Ásia Central, e aumento de incêndios florestais no Chile. Enquanto as temperaturas continuam a subir, a urgência de medidas efetivas para enfrentar as mudanças climáticas nunca foi tão evidente.
Fonte: https://tempoagora.uol.com.br/noticia/2024/02/08/aquecimento-global-em-um-ano-supera-1-5dc-pela-primeira-vez-4002#:~:text=As%20temperaturas%20globais%20em%20janeiro,da%20Uni%C3%A3o%20Europeia%20(UE).