Foto: Karolina Grabowska
Em setembro, os serviços no Brasil registraram uma redução de 0,3% em comparação com agosto, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 14. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 1,2%, quebrando uma sequência de 30 meses de variações positivas. O setor de serviços, o maior empregador no país, enfrenta desafios.
No acumulado do ano, houve um aumento de 3,4%, enquanto nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a expansão foi de 4,4%. Assim, embora o setor de serviços esteja 10,8% acima do nível de fevereiro de 2020, antes da pandemia, está 2,6% abaixo do pico atingido em dezembro de 2022, de acordo com a série histórica.
Maykon Douglas, economista da Highpar, explica que o setor de serviços teve uma queda de 1,01% no terceiro trimestre, um desempenho pior em comparação com o trimestre anterior, quando o setor cresceu 0,9%. Apesar das altas bases de comparação histórica, o setor está começando a sentir mais os efeitos das taxas de juros contracionistas, contribuindo para um cenário de atividade mais fraca nesta parte do ano. Embora esse movimento fosse esperado, ele ocorreu a um valor pior do que o previsto.
André Perfeito, economista, sugere que os dados apontam para um Produto Interno Bruto (PIB) negativo no terceiro trimestre. Ele destaca que os resultados do terceiro trimestre indicam uma queda no PIB após um primeiro semestre positivo. A eventual queda do PIB, em um ambiente de inflação relativamente controlada e com a perspectiva de cortes adicionais nos preços dos combustíveis, sugere uma taxa básica de juros (Selic) mais baixa no próximo ano.
Fonte: https://br.investing.com/news/economic-indicators/volume-dos-servicos-recua-03-em-setembro-informa-ibge-1179196
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